A previdência privada nada mais é do que o planejamento detalhado do futuro financeiro. Mas mesmo com essa certeza, ela carrega uma série de mitos e verdades. A primeira ideia que precisa ser desmistificada é que ela não é uma forma de investimento. Conforme explica o assessor da GX Investimentos, Jean Wally, a previdência privada corresponde sim a uma aplicação, como qualquer outra, e pode ser tanto agressiva quanto conservadora.
É importante o investidor destinar um tempo para escolher o gestor do fundo, avaliar a performance e a taxa de administração. Wally explica que fundos de perfis mais agressivos geralmente possuem maiores taxas, pois o gestor tem mais trabalho para fazer a gestão do fundo. “Deve-se comparar a taxa de administração entre fundos de mesma categoria”, completa.
Outro ponto destacado pelo assessor é que o investidor precisa ter cuidado na hora de escolher o tipo de previdência privada para investir. Existem dois modelos:
– O primeiro é o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Esse é um produto destinado ao perfil de contribuinte que faz sua declaração de Imposto de Renda (IR) pelo modelo completo, pois pode usufruir o incentivo fiscal, deduzindo as contribuições efetuadas da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% de sua renda bruta anual. Para isso, é necessário que seja contribuinte, ou aposentado pelo INSS, ou regime próprio de servidor público. O IR, neste tipo de plano, incide sobre o valor total, ou seja, capital e rendimentos.
– O segundo é o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Essa opção é semelhante ao PGBL, com algumas diferenças tributárias e conceituais, mas que também visa à acumulação de recursos e à transformação destes em uma renda futura. Esse produto é destinado ao perfil de contribuinte que faz sua declaração de IR pelo modelo isento ou simplificado, sendo que nesse tipo de plano não é possível abater os aportes efetuados da base de cálculo do IR. Pois, neste caso, incide somente sobre os rendimentos.
O atual momento econômico é um importante ponto a ser analisado na hora da decisão, mas não precisa ser o decisivo, pois para esse tipo de investimento o tempo sempre é bom. “Até em épocas de crise é adequado”, salienta Wally. Pois, segundo ele, planejar um futuro financeiro é sempre boa alternativa. E essa também é uma dica aos jovens, pois existirá mais controle do recurso que se terá no futuro. O tempo é o principal “amigo” do investidor, pois quanto maior ele for, maiores serão os frutos colhidos. “Com o tempo a nosso favor é possível planejar uma aposentadoria muito boa”, explica Wally.
Para quem tem interesse nesse tipo de investimento, o primeiro passo é buscar um profissional qualificado que entenda do assunto e tenha capacidade para responder a todos os questionamento que o futuro investidor terá. “Quanto mais poder as pessoas têm de gerenciar os seus investimentos, melhor será a vida financeira dela”, finaliza Jean Wally da GX Investimentos.”