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Novo corte e Taxa Selic cai a 2% ao ano, entenda quais os impactos para os seus investimentos

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Créditos: Bloomberg – Corte Selic 2%

O Banco Central (BC) resolveu nesta quarta-feira (05) por cortar pela 9ª vez seguida a Taxa Selic. Mais uma vez, é um recorde da taxa, que nunca foi tão baixa aqui no Brasil. Agora, a expectativa do Copom é que a taxa continue em 2% para as próximas reuniões, mas menciona que ainda é possível mais cortes, mesmo que pequenos. 

A inflação é ponto de partida para análise, dentre os indicadores, da definição dos juros brasileiros, determinando se vai haver aumento ou diminuição da taxa. De acordo com os cálculos da gestora Infinity Asset Management, o juro real no Brasil estava em torno de -0,40% a.a., considerando a taxa básica de 2,25% e uma meta de inflação de 4% a.a.. Com o corte de juros para 2% a.a. a taxa brasileira fica próximo a -0,71%, superando o patamar de países como Índia, Portugal, Suécia, Itália e Espanha, que hoje estão em torno de -0,30% a.a.

Créditos: Bloomberg – Taxa de juros real negativa

Mas qual é o impacto disso para a economia?

O governo brasileiro vem introduzindo altos estímulos na economia devido às circunstâncias que o coronavírus originou, o que resultou em alívio nos principais indicadores econômicos. Situação inesperada, já que as expectativas acerca do desenvolvimento brasileiro eram negativas. Resultados como os de varejo, produção industrial e de emprego apresentaram-se acima do que se esperava, apontando que os estímulos foram satisfatórios.

Ou seja, os constantes estímulos a fim de injetar liquidez na economia brasileira, faz com que o BC se atente a dois pontos cruciais a se ponderar nas próximas reuniões.

  • Impacto Fiscal: O impacto significante as contas públicas, geradas pelos gastos do governo, a fim de tentar desafogar a economia. O que faz com que mais um corte possa ser excessivo, uma vez que os dados de atividade econômica apresentam relativa melhora com os estímulos.
  • Pressão inflacionária: Medidas de estímulo ao consumo, como o auxílio emergencial durante a pandemia, podem resultar em um aumento de inflação no longo prazo. O que já seria suficiente para uma puxada de freio do BC.

Como isso afeta os investimentos e por que os juros baixos são positivos para a Bolsa?

  1. Com juros baixos, a rentabilidade da renda fixa se torna menos atrativa, fazendo com que mais pessoas migrem para a renda variável em busca de opções que possam gerar maiores rentabilidades. A XP Investimentos estima que pelo menos R$ 1 trilhão irá migrar para a Bolsa (25% do valor de mercado de todas as empresas listadas na B3).
  2. O custo do dinheiro se torna mais barato, beneficiando projetos de investimentos que se tornam mais atrativos com taxas mais baixas e fomentando o PIB do país. Ou seja, quanto maior o crescimento potencial do país, maior lucro para as empresas

É importante salientar que os juros de longo prazo ainda estão elevados no Brasil, o CDI para 2026 está em torno de 5,7% a.a. Ou seja, é importante que o mercado passe a enxergar juros baixos por mais tempo para que toda a curva de juros caia no Brasil, não apenas os juros de curto prazo (Selic). Uma vez que a bolsa analisa as empresas de acordo com o juros de longo prazo.

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