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O que a Itália aprendeu e nos ensinou sobre a pandemia e crise econômica

3 Minutos de leitura

Quando falamos de crise econômica e pandemia, o papo pode ser longo. Hoje vamos direto ao ponto: o que podemos aprender com a Itália durante os primeiros meses da nova realidade global?

Quem sofre um trauma ou dificuldade de forma precoce tem a tendência de se recuperar com antecedência e de consequentemente consolidar uma aprendizagem valiosa em relação aos outros. Talvez não seja uma verdade absoluta mas normalmente quem passa por uns ‘apertos’ primeiro, acaba pelo menos tendo a vantagem de conseguir se reerguer antes. Esse foi o caso da Itália durante os primeiros capítulos da pandemia.

Com as curiosidades que irei compartilhar aqui, iremos perceber que alguns detalhes fizeram a diferença na estratégia que a Itália utilizou para minimizar o impacto causado pelo coronavírus.

Lockdown: determinação ou recomendação?

Inicialmente, ainda em fevereiro, no mesmo dia em que lí as notícias sobre os índices de contágio na China, já vi diversas pessoas com máscaras nas ruas de Florença – detalhe: na totalidade asiáticos, mais habituados com o uso do equipamento de proteção. Meus amigos e parceiros de negócio italianos eventualmente faziam algum tipo de brincadeira – claramente não estavam levando a sério, assim como eu. Também houve campanhas por parte de grupos vinculados ao turismo e estudantes italianos, fortalecendo a ideia de que ‘na Itália não há coronavírus’. Eventualmente todos nós iríamos descobrir que não a realidade não era bem essa.

Já sabemos o que aconteceu na Itália algumas semanas depois. Por sorte, ou não, consegui voltar pro Brasil na metade de fevereiro, antes que as fronteiras aéreas italianas fechassem completamente. Aí já percebemos uma ação que claramente colaborou para o controle no número de casos no país da bota. Por precaução, com medo ou remorso, o governo italiano não mediu esforços para restringir completamente as viagens e deslocamentos desnecessários para todos os cidadãos no país inteiro. Ou seja, o lockdown foi realmente levado a sério.

O lockdown também impediu as pessoas de saírem de casa, literalmente. Idas ao supermercado eram controladas e individuais, comércio completamente fechado e ninguém nas ruas. Visitar amigos ou parentes próximos? Nem pensar! Não era uma questão de bom senso, mas uma determinação.

Decisão tomada: controle e fiscalização

Alunos e professores que trabalham conosco e que moram na Itália relataram ter visto mais de uma vez cidadãos sendo multados e conduzidos pela polícia por estarem fora de casa sem ‘justificativa’. Além da abordagem, os desavisados recebiam multas com valores próximos aos 250 euros (R$1725).

Qualquer tipo de deslocamento não justificado (autorização da Polícia, por escrito), seria passivo de punição e multa por parte das autoridades.

Sem dúvidas, o segundo elemento decisivo para que a Itália pudesse se reerguer frente a um problema mundial foi a seriedade em fiscalizar e executar os decretos emitidos pelo governo.

Economia ou controle: qual a prioridade?

A Itália teve número recorde de casos logo nas primeiras semanas, principalmente por ser um dos destinos mais populares no mundo todo. Obviamente a pandemia deixou danos talvez irreparáveis a curto prazo, porém com uma perspectiva econômica interessante e curiosa: em poucos meses iniciaria a temporada de verão – que na Itália acontece de junho ao início de setembro – que é uma das principais fontes de renda de várias cidades na linda costa italiana.

E se o governo estivesse antecipando uma eventual liberação dos balneários, hotéis e pousadas? Sem dúvidas as medidas restritivas iniciais colaboraram para que o país pudesse ter um verão menos preocupante a nível epidemiológico. Quem sabe se o governo tivesse sido mais tolerante, e economia a nível nacional teria sido muito mais afetada caso o setor turístico não pudesse operar durante o verão.

Dessa forma podemos identificar que as ações talvez consideradas ‘drásticas’ pela própria população foram justamente as ações que ajudaram a Itália a ser um dos países mais seguros na Europa e no mundo para se estar desde o mês de junho. É claro que com o inverno chegando e com uma população talvez menos preocupada do que antes os casos aumentem de novo. Qual é a sua aposta?

Ronaldo Siliveri

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