Dados da IHS Markit indicam que o índice de Gerente de Compras (PMI) do setor de serviços da zona do euro recuou para 48,0 em setembro, atingindo o menor nível desde maio. O resultado foi melhor que a estimativa prevista, de 47,6, porém ainda ficou atrás dos 50,5 registrados em agosto.
O baixo desempenho do bloco econômico se justifica principalmente devido ao ressurgimento do coronavírus no continente europeu e nas consequentes restrições de atividades que vêm sendo impostas para a economia local. As atividades de serviços representam cerca de dois terços do PIB do bloco.
Dentre os principais países, apenas a Alemanha se manteve estável. Embora a indústria de serviços do país não tenha crescido em setembro, a manufatura ajudou o setor privado, que hoje representa a maior economia da Europa e se mantém no caminho para uma recuperação sólida.
Na França e na Espanha os resultados não foram positivos. A atividade empresarial francesa registrou queda pela primeira vez desde junho e a Espanha, que teve um dos piores cenários de coronavírus ainda no início da pandemia, teve o setor de serviços ainda mais prejudicado em meio às restrições de viagens que abalaram a temporada de turismo nos últimos meses.
Para o país italiano não há sinais de recuperação próxima, o setor de serviços recuou pelo segundo mês consecutivo.
Com esses resultados, o PMI composto da Zona do Euro, que inclui os setores de indústria e serviços, recuou para 50,4 no último mês, ante 51,9 em agosto.
Para o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, as chances de uma nova desaceleração no quatro trimestre aumentaram bastante após o resultado obtido em setembro, que mostra a economia da Zona do Euro quase estagnada.