Notícias

FMI melhora perspectivas econômicas para o PIB do Brasil em 2020

2 Minutos de leitura

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, na segunda-feira (05), um relatório onde avalia a situação e perspectivas econômicas de 2020 para o Brasil. Ainda que a melhora tenha sido notada, o Fundo alertou que os riscos permanecem altos e multifacetados. A dívida do governo prestes a encerrar o ano em torno de 100% do PIB também é uma preocupação.

No documento divulgado, o FMI espera que a economia do país, que atualmente figura como a maior da América Latina, encolha 5,8% em 2020. Anteriormente, a estimativa para o ano era de uma contração de 9,1%. Há também uma previsão positiva de recuperação “parcial”, que indica um crescimento de 2,8% para 2021.

O Fundo pontua que ainda há riscos significativos para um mau desempenho. Entre eles estão uma possível segunda onda de contaminação pelo coronavírus, cicatrizes da recessão e desconfiança dos investidores em função da dívida pública do país. A instituição acredita no compromisso firmado pelo Governo Federal para reduzir esta dívida, mas alerta que a previsão para criação de empregos, renda e diminuição da pobreza é para longo prazo, devido à pandemia.

Os pagamentos feitos a milhares de famílias mais pobres através do Auxílio Emergencial deve ser descontinuado ao final deste ano e a alerta do FMI é para a geração de ruídos políticos, incerteza fiscal e alta volatilidade no mercado financeiro. Para tanto, o governo está trabalhando no desenvolvimento de um programa social que visa a substituição do auxílio, o que pode ser uma saída para evitar crises.

Outra observação constante no relatório divulgado no dia de ontem foi sobre a curva de juros do Brasil, que está muito alta e destaca os temores fiscais de longo prazo. O importante a ser feito, de acordo com a instituição, é o desenvolvimento de uma série de reformas estruturais que mitigue os riscos da dívida. Além disso, há a recomendação para que a regra do teto de gastos seja mantida, pois despesas extras podem ser um fator que assuste a confiança do mercado e eleve as taxas de juros.

Se a inflação e as expectativas de inflação permanecerem baixas, o Banco Central terá espaço para cortar a taxa Selic abaixo da atual, de 2%. Para isso, o Brasil deve confiar mais na política monetária, assegura o FMI.

smart.money

Postagens relacionadas
Notícias

Setor de Serviços surpreende e cresce 0,9% em maio, acima das expectativas

1 Minutos de leitura
O volume de serviços no Brasil apresentou um crescimento surpreendente de 0,9% em maio, superando a previsão dos analistas de uma alta…
Destaques do diaNotícias

Relatório Focus: projeções para Inflação de 2023 e 2024 caem, enquanto expectativas para o PIB aumentam

1 Minutos de leitura
Em uma nova edição do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções para a inflação brasileira de 2023 e 2024 foram…
Notícias

IBC-Br surpreende e cresce 0,56% em abril, superando expectativas do mercado

1 Minutos de leitura
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento…