O saldo total da Caderneta de Poupança superou em setembro, de forma inédita, a marca de R$ 1 trilhão. A pandemia, segundo observam os economistas, fez com que os investidores se voltassem para este modelo mais conservador de investimento, receosos de aplicar na bolsa de valores, embora esta apresentasse uma restabelecimento gradativo. De acordo com o Banco Central, em um ano, a Poupança rendeu 2,67%. No mesmo período, o IPCA-15, que serve como prévia da inflação oficial, bateu 2,65%.
O Banco Central informou que este foi o sétimo mês consecutivo em que a Poupança registrou mais depósitos – R$ 13,228 bilhões, do que saques, estabelecendo o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica da autarquia, em 1995. Ressalta-se que a aplicação iniciou o ano em baixa, com a retirada de R$ 15,93 bilhões a mais do que depositando, nos dois primeiros meses do ano.
O BC destacou que para chegar a esse número, os depósitos superaram os saques em R$ 9,974 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e na poupança rural houve investimento de R$ 3,254 bilhões. Ainda de acordo com o BC, contribuíram além dos depósitos, contribuíram para o aumento deste estoque os rendimentos do mês, que foram de R$ 1,643 bilhão de acordo com o Banco Central. O relatório do BC mostra ainda que o acumulado do ano também é recorde. De janeiro a setembro, a Poupança somou R$137,211 bilhões.
EXPLICANDO
O objetivo do IPCA-15 é medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.