Nesta quinta-feira (8), o Ibovespa Futuro abriu com leve alta, seguindo a tendência das bolsas internacionais, que tiveram bons resultados no começo do dia de hoje, com notícias positivas sobre o pacote de estímulos anunciado na quarta (7) pelo Presidente dos EUA, Donald Trump. No Brasil, entretanto, as notícias locais continuam a pesar para um desempenho não tão animador.
Declarações de Bolsonaro chamaram atenção. O Presidente disse que a palavra final no que tange à economia compete não apenas ao ministro Paulo Guedes, mas também a ele. O chefe do Executivo também reiterou a “lealdade mútua” existente na sua reação com Guedes.
O ministro da Economia, por sua vez, acalmou as reações do mercado ao afirmar que não existem planos de prorrogar o estado de calamidade para o próximo ano.
No começo da manhã, às 09h10, o índice do Ibovespa futuro para outubro registrou alta de 0,17%, aos 95.905 pontos. O dólar futuro, por sua vez, registrou queda de 0,2%, chegando à R$ 5,606.
Vendas no Varejo crescem
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de vendas no varejo. A expectativa dos economistas, de 3%, foi superada por pouco. As vendas cresceram 3,4% em agosto, ante os 5,2% em julho.
Com esse resultado, o volume do comércio varejista atingiu o maior patamar desta série histórica de Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE. O índice ficou 2,6% acima do recorde anterior, que era de outubro de 2014.
No comércio varejista ampliado, categoria que inclui veículos, motos, partes e peças de material de construção, o percentual de vendas cresceu 4,6% em relação a julho. A média móvel trimestral foi de 7,6%. Em relação às vendas do mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,9%.
Com os resultados, o volume de vendas no varejo continuou registrando aumentos. A trajetória positiva teve início em maio de 2020, após os recordes de queda em março e abril.
Na série com ajuste sazonal, do mês de julho para agosto, cinco das oito atividades das vendas do varejo registraram alta.
Tecidos, vestuários e calçados: 30,5%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 10,4%
Móveis e eletrodomésticos: 4,6%
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 1,5%
Combustíveis e lubrificantes: 1,3%
Os recuos nas vendas neste mesmo período ficaram por conta das outras três atividades.
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: -1,2%
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -2,2%
Livros, jornais, revistas e papelaria: -24,7%.