Afirmando que as interrupções são comuns em testes de imunizantes, a empresa Johnson & Johnson suspendeu os testes da vacina contra a Covid-19. A parada inesperada se deu pela ocorrência de uma doença, até agora inexplicada, em um dos participantes voluntários que recebiam a dose. Até mesmo o sistema de adesão de pacientes no estudo foi fechado. A vacina havia entrado na fase 3, de testagem em humanos, considerada estágio final. Lembrando ainda que outra vacina, como a que está sendo produzida pela AstraZeneca e Oxford, chegou a ter seus testes paralisados por duas vezes, em razão do aparecimento de reações adversas.
A empresa destacou o compromisso com a segurança dos participantes, ressaltando que um comitê independente de profissionais que monitoram dados e segurança analisará o caso. A Johnson & Johnson afirmou ainda que a doença do paciente, cuja identidade foi preservada, está sendo avaliada pelo conselho, assim como por médicos da própria empresa.
A indústria farmacêutica quer produzir, em 2021, um milhão de doses. A grande vantagem desta vacina é quanto ao seu armazenamento, em forma líquida, em geladeira, por três meses. As duas outras vacinas que estão hoje em produção precisam ser mantidas congeladas ou ultracongeladas. Outra vantagem é que basta apenas uma dose para a proteção do Covid-19.