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Ofertas de ações na bolsa brasileira atingem R$ 95 bi

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O volume de ofertas de ações na bolsa brasileira atingiu os R$ 95 bilhões neste ano, mesmo com o cenário de pandemia e volatilidade do mercado. Em 2020, vinte novas empresas chegaram na B3, o maior número de estreias em mais de uma década. Na última quinta (8), as ofertas do Grupo Mateus e Natura movimentaram juntas R$ 10 bilhões, o que levou o volume total de ofertas do ano para cerca de R$ 95 bilhões. Se outras empresas não tivessem voltado atrás com o planejamento por conta do contexto atual do mercado, esse número poderia ter sido ainda maior.

O IPO do Grupo Mateus foi de R$ 4,6 bilhões, a maior abertura de capital do ano, que chamou atenção dos investidores. A ação do varejista nordestino estreia hoje na B3.

Em 2019, apenas cinco novas empresas estrearam na bolsa, e o maior volume de captação veio de ofertas subsequentes, mas neste ano os IPOs marcaram presença, além das vinte estreantes, cerca de 10 novas empresas estão entrando para a B3.

As estimativas para 2020 eram otimistas, pois bancos de investimento previam que o volume de emissões chegaria ao recorde de R$ 200 bi, considerando o impulso da atividade de mercado de capitais com juros em queda, e tendo em vista as empresas que já estavam com instituições financeiras contratadas para a realização das ofertas. Entretanto, após um início de ano positivo, a pandemia do novo coronavírus paralisou o mercado de capitais. A volatilidade aumentou rapidamente e a bolsa brasileira registrou seis circuit breakers (paradas de negociações quando a queda do índice bate 10%) em oito pregões ainda em março.

O Banco Central conduziu estímulos ao redor do mundo, e a partir de junho, o mercado voltou a reagir, trazendo ofertas de volta com o ritmo bastante acelerado.

Para o Presidente da B3, o mercado de capitais tem se mostrado uma fonte de captação importante e um grande aliado das empresas para expandirem seus negócios. 

Uma nova onda de Covid-19 preocupa investidores, que temem o aumento das incertezas em relação ao rumo da dívida pública do país. Muitas ofertas acabaram sendo colocadas em espera para um momento menos inseguro. Algumas empresas, como a Rede D’or e a Havan, adiaram o planejamento e podem aguardar até dezembro para ofertarem ações.

O mercado, entretanto, não parou. Empresas com perfil de tecnologia, como a Méliuz, Enjoei.com e Wine devem precificar suas ofertas até o início do próximo mês.

Os executivos têm buscado diversificação do portfólio, e as empresas digitais vêm ganhando mais atenção e espaço nas carteiras de investimento.

smart.money

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