Na segunda-feira passada (5), o UBS divulgou relatório em que recomendava a venda de ações do IRB Brasil (IRBR3), com preço-alvo de R$4,60.
A recomendação anterior do UBS era de compra, com preço-alvo de R$48,00. No dia seguinte à nova orientação, as ações do IRB Brasil tiveram queda de 17%, no que foi o primeiro dia de uma semana de alta desvalorização do ticker IRBR3.
As novas recomendações e seus possíveis impactos nos valores das ações do IRB Brasil geraram incômodo entre os investidores, que o consideraram tendencioso. Um dos principais motivos apontados para tal postura por parte do UBS é que o IRB possui um grande número de posições vendidas, que apostam na desvalorização dos tickers.
Motivada pelas reclamações, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi forçada a entrar em ação e analisará detalhadamente o relatório divulgado pelo UBS em que o mesmo recomenda a venda de ações do IRB Brasil.
A CVM afirma que recebeu cerca de 40 reclamações a respeito do relatório publicado pela UBS, e que todas as demandas recebidas pelo órgão são atendidas conforme possível. Caso as reclamações procedam e o relatório do UBS seja considerado irregular, cabe à comissão dar início a um processo de sanções. Do contrário, as reclamações serão arquivadas pela CVM.
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