Empresas de tecnologia norte-americanas têm se valorizado muito nos últimos meses. Com isso, mesmo que a tendência ainda seja de valorização, investidores à procura das alternativas mais rentáveis começam a desviar o foco das empresas do setor tech.
Dentro desse cenário, cresce cada vez mais o número de investidores dispostos a apostarem em BDRs de laboratórios e farmacêuticas. A Goldman Sachs, por exemplo, estima que até mesmo empresas de ramos mais tradicionais, como montadoras e bancos, possam voltar a receber quantias razoáveis de investimentos à medida que investidores fiquem mais confiantes na recuperação desses setores prejudicados pela pandemia de COVID-19.
Quanto a laboratórios e farmacêuticas, o que motiva os investimentos não é a perspectiva de recuperação de setores em baixa, mas sim a expectativa pelo desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus. Essa expectativa gerou uma performance muito acima do esperado durante o ano de 2020. A Regeneron, fabricante de um dos remédios utilizados no coquetel do presidente Donald Trump em seu tratamento contra COVID-19, teve suas BDRs valorizadas em 178% nos últimos 12 meses.
A indústria farmacêutica pode ainda ser uma alternativa mais segura de investimento. As BDRs de empresas tech, embora com muito potencial de rentabilização, são muito voláteis, com maior risco ao investidor. Outro fator que pode atrair o investidor brasileiro para o mercado de biotecnologia é o câmbio. Com o dólar valorizado e com as taxas de juros estáveis nos EUA, investir em BDRs menos voláteis no exterior pode ser uma alternativa de alta rentabilidade.
