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Investidores pessoa física passam a poder negociar BDRs

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Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), certificados de depósitos de valores mobiliários emitidos no Brasil, que representam valores mobiliários de emissão de companhias abertas com sede no exterior, passaram a estar disponíveis a qualquer investidor pessoa física no Brasil. A mudança passa a valer a partir de amanhã (22).

A flexibilização da regra em relação ao perfil do investidor aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em agosto e formalizada pela B3 nesta semana também possibilita que companhias brasileiras com capital aberto fora do Brasil possam negociar seus papéis aqui.

Segundo a B3, a liberação dos BDRs para os investidores pessoa física oportuniza a realização de operações de empréstimo de ativos com BDRs de ações e também o uso do produto em garantia na B3, o que viabiliza maior flexibilidade na realização de operações em outros segmentos.

Para o diretor de Produtos Listados da B3, Mario Palhares, essa mudança vai fomentar o mercado nacional, “aumentando a diversidade de produtos disponíveis ao investidor local, incluindo o varejo, que demanda uma crescente diversificação de portfólio e exposição de ativos estrangeiros, e também incrementar as oportunidades de captação de recursos pelos emissores”.

Até então as negociações eram restritas aos investidores qualificados que possuíssem ao menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras. De agora em diante, os certificados que representem ações de empresas estrangeiras negociados na B3 estão disponíveis de forma ampla, conforme divulgado em comunicado pela bolsa brasileira.

A partir de agora, o próximo passo da B3 deve ser o de iniciar as discussões para preparar o regulamento que permita as negociações de BDRs de dívidas offshore, tanto de emissores brasileiros, quanto estrangeiros.

Para o assessor de investimentos da GX, Rafael Tanaka, “com a mudança da regra, quem se beneficia é o investidor, com a possibilidade de diversificar sua carteira com ativos estrangeiros, consequentemente permitindo mais rentabilidade e segurança.”

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