Um prejuízo líquido de R$ 65 milhões foi contabilizado para o IRB Brasil, no mês de agosto. Porém, se fosse descontado o impacto dos negócios, segundo a empresa, esta teria um lucro líquido de R$ 73,8 milhões do mês. O prejuízo consta do relatório mensal da Superintendência de Seguros Privados (Susep) – autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro no Brasil.
Enquanto isso, a empresa mostra um faturamento bruto de R$ 697,6 milhões – estando em igualdade se comparado ao mesmo período do ano passado – sendo R$ 357,6 milhões no Brasil e R$ 340,0 milhões no exterior. E, em relação ao mercado exterior, conforme consta do relatório mensal, o crescimento foi de 11,7%, compensado por um decréscimo no prêmio Brasil de 9,4% em relação a agosto de 2019. Em setembro, no entanto, o IRB já havia contabilizado um prejuízo líquido de R$ 62,4 milhões para julho, reduzindo as perdas de R$ 292,6 milhões um mês antes.
Pesando a sinistralidade dos negócios descontinuados no valor de R$ 263,1 milhões, seu resultado de subscrição foi negativo em R$ 99,3 milhões. Já a despesa de sinistro somou R$ 593,8 milhões, com um índice de sinistralidade de 89,6% no mês, retornando a predisposição observada nos primeiros seis meses deste ano, que exibiu uma sinistralidade de 108,0%.
Há ainda o alvoroço causado no mercado financeiro, quando houve a recomendação pela venda de ações, que acabaram perdendo 25,5% de valor de mercado em 48 horas. Essa sugestão veio através de um informe do UBS de início de cobertura do IRB.
Com o preço-alvo para os próximos 12 meses estipulado em R$ 4,60 por ação, o relatório do UBS expõe ainda que serão precisos pelo menos quatro anos para que a empresa volte a normalidade, não obstante aponte que a nova diretoria do IRB está adotando as medidas corretas para sanar todos os estragos deixados pela antiga gestão.
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