Regularização do abastecimento de água e extensão do prazo do pagamento do auxílio emergencial para cerca de 100 mil pessoas, foram os pontos reivindicados por aproximadamente 150 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que entraram na sede administrativa da mineradora Vale (SA:VALE3), em Brumadinho, nesta quinta-feira (22). A divulgação dos dados é da agência de notícias Reuters.
A manifestação se dá às vésperas de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, agendada para amanhã, sexta-feira (23), onde deverão ser debatidos os temas.
Um dos principais motivos da manifestação, já elencada acima, é o fornecimento de água. Segundo os representantes relataram à Reuters, o desastre ocorrido na barragem em 2019, prejudicou a oferta de água potável, hoje com índices de poluição, fazendo com que a maioria das pessoas atingidas perdesse a fonte de renda, acabando inclusive com a agricultura na região. Sem contar que a Vale se comprometeu em garantir o abastecimento, que também é deficitário atualmente.
O auxílio emergencial também foi prioridade na pauta de reivindicações. Conforme um representante do MAB contou à Reuters, o movimento propõe a prorrogação do auxílio emergencial até a reparação integral dos danos causados pelo desastre. Até o momento, eles estão recebendo a metade do salário mínimo prometido para cada atingido.
Relataram ainda que a Vale teria proposto redução no auxílio para 25% do total acordado, com pagamentos sendo encerrados em abril de 2021. O MAB apontou à Reuters, que atualmente o auxílio emergencial é repassado às pessoas de baixa renda, atingidas pelo rompimento da barragem.
A polícia esteve no local, porém permaneceu do lado de fora da empresa, enquanto que representantes do movimento encontravam-se no interior do prédio, conforme informações da Reuters, sendo que o protesto acontece de forma pacífica.
Foto: Douglas Magno/AFP