Na quinta-feira (22), a JBS (JBSS3) publicou em comunicado, uma carta do Fundo SPS, onde o acionista discorre sobre as indenizações que Joesley Batista, Wesley Batista, da família controladora e executivos da Holding J&F devem à empresa.
A alegação para o pedido de arbitragem são, de acordo com a carta, “todos os prejuízos causados à companhia” após os acordos de colaboração premiada firmados pelos delatores com o Ministério Público Federal (MPF) terem vindo a público.
No documento, o SPS alega que os procedimentos do processo já estão em curso e “a sentença parcial unânime já reconheceu a legitimidade do Fundo SPS para pleitear, em favor da JBS, todos os danos sofridos pela companhia em razão dos ilícitos confessados nos acordos de colaboração”.
A atitude do acionista vai contra a proposta do BNDESPar de abrir nova ação indenizatória contra os representantes da J&F. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é dono de cerca de 22% das ações da exportadora (por meio do BNDESPar) e acusa a empresa de tentar esvaziar o poder dos acionistas minoritários. Para o SPS, uma nova ação, conforme proposta pelo banco, não traria vantagens aos acionistas da empresa.
No dia 30 de outubro acontece uma assembleia entre os acionistas da JBS, que, entre outros temas, deve votar a proposta do BNDESPar, que solicita um novo procedimento arbitral contra os controladores.
