Morreu no domingo (25), o presidente do grupo Samsung, Lee Kun-hee. A empresa, ao fazer o anúncio, não confirmou a causa do óbito. Afastado desde 2014 da rotina da empresa, em função de um ataque cardíaco, foi sob seu comando que a Samsung se tornou a maior fabricante mundial de smartphones e chips, sendo responsável por quase 1/5 do PIB da Coreia do Sul, o que o tornou a pessoa mais rica em seu país, com um patrimônio avaliado em U$ 21 bilhões.
Lee ajudou a transformar a pequena empresa de seu pai, comerciante de peixe e frutas, no maior conglomerado de empresas da Coreia do Sul, com atuação em áreas que vão desde seguros a construção de navios. O empresário, que morreu com 78 anos, era considerado um visionário, tanto que sob o seu comando, a Samsung é considerada uma potência industrial, construída a partir de um negócio local.
O empresário coreano era o terceiro filho de Lee Byung-chul, que fundou a Samsung em 1938. Em 1968 e virou o presidente da empresa em 1987, após a morte de seu pai. Vista pelos consumidores como uma empresa de produtos baratos e de baixa qualidade, transformou a empresa de forma literal. Hoje, a Samsung é o maior dos conglomerados familiares que dominam a economia da Coreia do Sul.
Por questões ligadas à política econômica local do país, Lee deixou o posto de CEO da Samsung em 2008, após virar réu pelos crimes de sonegação fiscal e apropriação indébita. Ele recebeu uma sentença de três anos por sonegação fiscal, recebendo perdão presidencial em 2009. Voltou ao cargo de CEO em 2010, mas por questões de doença, acabou se afastando mais uma vez, de forma definitiva. Ele foi precedido pelo filho e vice-presidente da divisão de eletrônicos, Lee Jae-Yong.