O Banco Santander Brasil (SANB11) divulgou seu lucro líquido do terceiro trimestre e apresentou crescimento maior que o esperado por analistas, de R$ 2,764 bilhões. Ganhos de tesouraria e menores perdas com empréstimos foram os fatores que atuaram em favor da instituição, de acordo com o balanço divulgado hoje. O Santander chegou aos R$ 3,902 bilhões de lucro líquido recorrente, que aumentou 5,3% na comparação com o mesmo período de 2019.
Provisões de perdas com empréstimos caíram 5,7% em relação ao ano anterior, para R$ 2,916, já descontadas as recuperações de crédito. Esta queda foi de 55,4% no trimestre, depois de o banco ter reservado cerca de R$ 3,2 bilhões no 2T20, para conter a crise causada pela pandemia.
A inadimplência dos empréstimos de 90 dias apresentou queda de 0,3%, se mantendo em 2,1%, o que mostra que, mesmo aos poucos, os consumidores estão lutando para pagar suas dívidas após o término do período de carência. Mesmo estando mais exposto aos empréstimos, o banco provisionou menos que os seus concorrentes do setor privado.
A carteira de crédito do Santander cresceu 3,8% no balanço divulgado. As linhas de crédito para pequenas empresas – que são parcialmente garantidas pelo governo, e os financiamentos de veículos e imobiliários impulsionaram esse crescimento.
No geral, o retorno sobre o patrimônio líquido da instituição ficou em 21,2%, retornando aos níveis de antes da pandemia, e contrariando assim, as expectativas dos especialistas.
Em comunicado, o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial garantiu que o bom resultado demonstra a boa capacidade do banco em gerir empréstimos problemáticos, mesmo durante a crise.
O quadro de funcionários do banco foi reduzido neste trimestre, e conta atualmente com 1.200 colaboradores a menos do que no último balanço divulgado.
As ações do Santander registraram alta de quase 25% no mês de outubro, com a expectativa de um balanço positivo, que acabou se realizando. A instituição figura como o maior entre os grandes bancos listados pela B3.