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Taxa da selic permanece estabilizada e investidores procuram bons negócios

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A taxa Selic continua estabilizada em 2% ao ano, mantida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC). No entanto, o receio do investidor não só se manteve como cresceu. Os analistas acreditam que essa desconfiança se deve ao quadro fiscal e a aceleração da inflação, que prenuncia uma perspectiva de alta de juros no ano que vem, com reflexos nos investimentos. 

Os experts em economia apontam que o BC deve começar a monitorar as repercussões secundárias da inflação. Seguindo esta visão, se iniciar um movimento de regeneração mais contundente no setor econômico, com crescimento na geração de empregos, os juros irão subir. Toma-se por base o IPC-15, que na semana passada causou um sobressalto, após registrar inflação de 0,94% em outubro, a maior alta para o mês em 25 anos.   

Nos nove primeiro meses deste ano, o IPCA, índice de preços usado como referência no Brasil, agrupa uma inflação de 1,34% e, em 12 meses, de 3,14%. E o panorama da inflação em 2020 é de elevação. Divulgado recentemente, o relatório Focus –  do Banco Central – prevê que a inflação deve chegar a 2,99% em 2020, ou seja, a 11ª elevação seguida da projeção.

Para alguns empresários, é pontual essa elevação dos índices inflacionários, justamente pelo reflexo da queda que cadeia produtiva enfrentou em meio a pandemia. Para eles, essa pressão inflacionária deve se estabilizar nos meses subsequentes. Por outro lado, apontam também que esses números são influenciados também pela retomada da atividade em meio a reabertura econômica, após o registro de índices muito baixos entre o final do 1º trimestre e o início do 2º trimestre.   

O que se busca neste momento, é saber como investir. Com a alta das tensões em relação aos gastos do Governo Federal e a chegada de uma segunda onda do Covid-19 nos países europeus, alguns assumem que há um risco – de mercado, de crédito, de retorno abaixo do esperado – o que dificulta a escolha de bons produtos financeiros. A opção mais viável é que se diversifique a carteira de investimentos, apostando em ativos com ganhos reais, acima da inflação. Gestores observam que a preferência recai sobre títulos de vencimentos intermediários como 2030 e 2035.

Com um pregão de forte queda nesta quarta-feira (28), o Ibovespa amenizou os ganhos do mês para 0,8%, enquanto o dólar estava em 2,6% em relação ao real no período. Já nesta quinta-feira (29), os números tiveram uma pequena alteração, com o Ibovespa amenizando os ganhos do mês para 0,9% e o dólar 2,8%. 

Como o previsto, a taxa Selic continua no seu menor patamar histórico, inclusive abaixo da inflação. Isto faz com o que o investidor de renda fixa tenha que ser criativo e até tomar mais risco para superar a inflação. “Hoje, a caderneta de poupança (destino de boa parte dos investidores conservadores) rende 70% da Selic, ou seja, 0,11% ao mês. É o cenário de juro real negativo, o que era impensável no Brasil há alguns anos”, afirma Jerônimo Nunes, assessor na GX Investimentos. Para o investidor, segundo Jerônimo, fica a ressalva de buscar alternativas, diversificar sua atuação em produtos com maior apetite ao risco, ou então, buscar produtos de renda fixa pagando um percentual fixo somado à inflação, assim se protegendo contra as oscilações do índice e com ganho real frente a Selic. “É, mais do que nunca, um momento de se reinventar”.

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