O mundo inteiro está de olho nas eleições presidenciais norte-americanas que acontecem nesta semana. Nesta terça-feira (3), eleitores do país norte-americano vão decidir quem vai chefiar a maior economia do mundo. Por conta do volume de votos antecipados, que acontecem via carta e pessoalmente e já passaram de 100 milhões, o tempo de duração da apuração dos votos fica mais longo, podendo se estender durante toda a semana. A apuração está prevista para começar hoje, às 21h de Brasília.
Mesmo com a probabilidade do resultado definitivo estar a dias de ser confirmado, o mercado financeiro já reagiu às últimas pesquisas e projeções. O dólar fechou em alta de +0,42% indo a R$ 5,762, enquanto o índice Dow Jones (DJI) subiu +2,06%, o S&P 500 (SPX) +1,73%, e o Nasdaq (IXIC) 1,85%. A melhora veio depois que os três índices sofreram as piores perdas desde março semana passada.
A ansiedade também afetou o mercado brasileiro, com o Ibovespa (IBOV) fechando em alta de +2,16%, com 95.979,71 pontos, recuperando parte das perdas da semana passada.
O otimismo do mercado acontece por conta de uma possível vitória do candidato democrata Joe Biden, que por enquanto lidera nas pesquisas. A vitória pode apontar um passo significativo nas negociações de um novo pacote de estímulo fiscal, que ainda está em fase de negociações.
Além do pacote fiscal, uma vitória de Biden pode apontar aproximações importantes com o mercado da China e Irã. Com a China, significaria um relaxamento nas tensões criadas pelo atual governo norte-americano. Com o Irã, uma abertura comercial com a retirada de sanções.
Trump corre o risco de ficar isolado dentro do próprio partido, que já deve procurar outro nome para as eleições de 2024, quando o atual presidente republicano ficará impossibilidade de se reeleger. Junto a isso, sua atuação durante a pandemia, principalmente quanto a demora da aprovação do estímulo fiscal, não agrada aos investidores. Outro fator a se considerar é que uma vitória de Trump pode significar uma continuidade no tom agressivo do governo federal do país com a China, que é um dos maiores parceiros comerciais, causando mais instabilidades.
créditos a imagem: bdci.tv – Eleições americanas