Educação Financeira

Financeiramente falando, você é resiliente?

4 Minutos de leitura

A palavra resiliência representa a capacidade do indivíduo de superar adversidades, se adaptar a mudanças e de lidar com problemas sem que isso afete diretamente o seu estado emocional, físico e psicológico. Ou seja, é a habilidade de voltar ao estado anterior ao período de estresse.

Ser resiliente é sem dúvida uma habilidade importante de ser trabalhada em todos os campos da vida, e nas finanças não poderia ser diferente. Ter controle do seu dinheiro e saber administrá-lo está diretamente ligado à sua capacidade de enfrentar imprevistos, e eu trouxe aqui 5 motivos que podem estar te impedindo de ser resiliente financeiramente.

Não saber para onde vai o seu dinheiro

Se alguém te perguntar quais são os seus gastos hoje, certamente você responderia coisas como aluguel, plano de saúde, parcela do financiamento, parcela do consórcio, mensalidade da faculdade, mensalidade da academia, fatura do cartão de crédito, etc. Mas onde estão listados aqueles gastos como um cafézinho no meio da tarde, um estacionamento ou uma garrafa de água no trânsito? Um dos motivos para muitas pessoas não saberem para onde vai o seu dinheiro é o fato de ignorar os famosos gastos fantasmas.

Estes são exemplos de gastos que acontecem naturalmente no decorrer da rotina e que muitas vezes podem consumir uma boa parcela do seu orçamento, e você simplesmente não estava contando com ela. Já pensou como seria se você contasse com a sobra de R$200,00 ao final do mês, e essa quantia de repente desaparece?

O hábito de acumular estoques

Um hábito que consome parte do orçamento das famílias é o costume de acumular estoques. Comprar por atacado para ter um bom desconto é um bom negócio, mas não quando há desperdício. Muitas vezes as grandes compras de supermercado que são feitas em um dia do mês, para o mês inteiro, resultam em inúmeros produtos parados nos armários que são consumidos somente nos próximos meses ou então passam do prazo de validade. O mesmo ocorre com a compra de roupas e sapatos, quando são feitas compras em grande quantidade sem uma finalidade específica e que acabam sendo esquecidos no guarda-roupa. Outro exemplo é encher o tanque de gasolina, que torna difícil o controle do que será utilizado dentro mês.

É difícil controlar o quanto você ganha e o quanto você gasta com o consumo no mês se você tem o hábito de deixar dinheiro parado nos armários, acumulados mês a mês. Esses estoques não são como mercadorias expostas nas prateleiras que podem ser transformados em dinheiro rapidamente, eles representam na verdade aquela fatia que poderia impedir você de entrar no vermelho naquele mês.

Ter muitas compras parceladas

Fazer compras parceladas já se tornou cultural para os brasileiros. O parcelamento de forma consciente se torna uma ferramenta estratégica quando utilizado por um bom consumidor. O problema é quando essa disponibilidade de crédito é considerada como uma extensão da renda e a facilidade na contratação torna-se a última saída. Um exemplo clássico é o cartão de crédito: Um conjunto de pequenas parcelas, que formam um montante de gastos fixos que perduram por vários meses.

Se ocorrer algum imprevisto, o atraso no pagamento da fatura do cartão de crédito ou então de qualquer outro compromisso assumido resultará em pagamentos de juros altíssimos, seja através de multas, penalizações ou em um novo empréstimo para reparar os erros cometidos no planejamento até então. Quanto mais parcelas, mais gastos fixos e menos flexibilidade você terá para lidar com as adversidades da vida. Lembre-se disso!

Não ter uma reserva financeira

Quando se trata de resiliência financeira é indispensável ter uma reserva. Ter uma reserva significa ter mais segurança e tranquilidade. Sem isso, quando você se depara com uma emergência e precisa de dinheiro, você terá que reavaliar e modificar os seus gastos (quando possível) ou então entrará no vermelho, afetando assim toda a qualidade de vida da sua família. O mesmo ocorre quando aparece uma oportunidade e você não tem dinheiro reservado para aproveitá-la, isso certamente fará com que você colecione frustrações ao longo do tempo.

Uma reserva financeira permite que você tenha mais liberdade de escolha, saiba lidar com as emergências, consiga aproveitar novas oportunidades ou então que você mude uma situação que está ruim por uma melhor, como deixar um emprego que não te faz feliz, por exemplo.

Gastar mais do que ganha

Crenças como “o dinheiro é feito para gastar” ou “a vida é pagar boletos” provavelmente partem das pessoas que consomem todo o seu salário pagando contas no mesmo dia em que ele cai. Nesses casos, “não ver a cor do dinheiro” já se tornou comum e a única opção. A falta de educação financeira faz com que o dinheiro tenha apenas o propósito de custear os prazeres momentâneos, deixando as pessoas suscetíveis ao consumindo exacerbado e escravas do próprio dinheiro.

Quando se gasta mais do que recebe, a ideia de ter uma reserva também não entra em questão, já que “não sabemos se vamos estar vivos amanhã”. Sendo assim, não haverá muitas escolhas a não ser ter o nome sujo e continuar devendo na praça.

E aí, descobriu se você é resiliente financeiramente? Faça um diagnóstico da sua vida financeira e descubra se você está pronto para superar as situações adversas da vida, pois o amanhã vai chegar e os imprevistos vão acontecer.

Herica Lim

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