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Assim como ontem, as atenções do mundo estão todas voltadas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos nesta quarta-feira (4). Com as votações encerradas e as apurações iniciadas ontem, o resultado do pleito pode demorar mais que o normal para sair este ano.

O atual presidente e candidato à reeleição Donald Trump declarou a própria vitória na noite de ontem. O republicano ainda afirmou que entrará com o pedido de paralisação das apurações na Suprema Corte do país, acusando fraude nas eleições por parte do Partido Democrata.

Com as turbulências, a quarta-feira promete ser tão conturbada quanto às eleições norte-americanas, no mercado financeiro. Há a expectativa que, com a tentativa de Trump de intervir na apuração dos votos, que os principais índices acionários do país tenham uma quarta-feira de baixas.

Confira os principais destaques desta quarta-feira:

BOLSAS DE VALORES E CÂMBIO

Na Europa, os principais índices do continente apresentavam altas bem mais discretas que as apresentadas no pregão de ontem. Às 7h51 (horário de Brasília), nenhum dos índices europeus consultados tinha valorização superior a 0,40%. A melhor alta vem da França, onde o CAC 40 subia 0,38%. Confira as prévias das bolsas de valores da Europa:


STOXX 600: +0,36% (357)

DAX (Alemanha): +0,09% (12.099)

FTSE 100 (Reino Unido): +0,32% (5.805)

CAC 40 (França): +0,38% (4.823)

FTSE MIB (Itália): +0,11% (18.945)

Na Ásia, o destaque do dia veio do Japão. O Nikkei 225 fechou seu pregão de quarta em alta de 1,76%, indo a 23.695 pontos. Com exceção do índice japonês, a quarta foi de resultados mistos no continente. O Hang Seng, de Hong Kong, fechou o dia em baixa de 0,21% (24.886), enquanto o KOSPI (Coreia do Sul, 0,60%, 2.357) e o Shanghai Composto (China, 0,19%, 3.277) fecharam em alta.

Nos EUA, os principais índices acionários do país fecharam a terça-feira em alta. O Dow Jones subiu 2,06%, indo a 27.480 pontos,  junto com a Nasdaq (+1,85%, 11.160) e S&P 500 (+1,78%, 3.369). Com o cenário de turbulências na apuração dos votos das eleições norte-americanas, investidores se preparam para uma quarta-feira de resultados mistos.

No câmbio, a quarta-feira começou com o dólar em alta. Às 8h10, o dólar americano  subia 0,24%, indo a (R$5,75). Já na Europa, tanto o euro quanto a libra esterlina começaram o dia em baixa. O euro caía para R$6,73 (-0,10%), enquanto a moeda do Reino Unido estava cotada em R$7,48 (-0,44%).

ELEIÇÕES NORTE-AMERICANAS

As apurações dos votos das eleições estadunidenses começaram na noite de ontem, com os resultados parciais apontando uma disputa acirrada entre Joe Biden e Donald Trump. O atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, declarou sua vitória na noite de ontem e acusou os democratas de tentar fraudar o processo eleitoral em um comunicado feito no fim desta terça-feira.

Atrás nas últimas projeções, que indicam maior chance de vitória para Joe Biden, Trump declarou que entrará com pedido na Suprema Corte para que a contagem dos votos seja paralisada. Anteriormente, o site Axios indicou que o presidente poderia entrar com o recurso para invalidar o processo, possibilidade que havia sido negada pelo presidente norte-americano. Em sua conta no Twitter, Trump afirmou que os democratas estão tentando “roubar as eleições” e acusou o partido de oposição de tentar registrar votos após o encerramento das votações.

O cenário é inédito nas eleições do país. Considerada por muitos como a eleição presidencial mais importante da história dos EUA, o pleito de 2020 é cheio de peculiaridades, resultados tanto da pandemia de COVID-19 quanto da alta polarização política que evoluiu no país durante os últimos anos.

Com as turbulências no pleito estadunidense, o mercado internacional fica cada vez mais cético quanto à possibilidade de um acordo por um novo pacote de estímulo financeiro por parte do governo dos EUA. Independente de qual candidato sair vitorioso do processo, há uma grande chance que o governo norte-americano permaneça rachado durante os próximos meses, com governo e oposição se tornando cada vez mais inflexíveis nas negociações referentes ao pacote de alívio econômico.

AGENDA POLÍTICA

O Congresso Nacional pode votar nesta quarta-feira a derrubada do veto de desoneração do presidente Jair Bolsonaro. Líderes na Câmara entraram em acordo pela derrubada do veto, e a votação está em pauta para duas sessões remotas marcadas para hoje, às 10 e às 16h desta quarta.

A desoneração da folha é um recurso que consiste em um sistema diferenciado de recolhimento da contribuição ao INSS, criado em 2011 para beneficiar alguns setores da economia. O recurso era inicialmente válido até o final de 2020, mas o congresso votou pela prorrogação da desoneração até o final de 2021. O projeto de lei foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro em julho.

Pressionados pela possibilidade de demissões em massa nos setores beneficiados pela desoneração, que juntos somam representam mais de 6 milhões de postos de trabalho no país, o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o se viram obrigados a trabalhar em uma solução para manutenção da desoneração pelo menos até 2021.

Outro projeto em pauta nesta quarta é o Marco do Saneamento. O projeto que facilita a entrada de capital privado na área teve partes de seu texto vetadas pelo presidente mais cedo no ano. O trecho em questão trata da renovação de contratos das estatais por até 30 anos sem licitações. Quando o texto foi aprovado no senado, o líder do governo na casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), prometeu que o trecho não seria vetado pelo executivo. Diferente da desoneração da folha, não há consenso quanto ao projeto do Marco do Saneamento, e o veto pode permanecer após votação no congresso.

UBER E LYFT LIVRES DE VÍNCULOS TRABALHISTAS NA CALIFÓRNIA

Em um referendo, a população da Califórnia votou contra a obrigatoriedade de serviços como Uber e Lyft de manter vínculos trabalhistas com seus motoristas. As companhias agora se veem livres da obrigação de assumir compromissos como auxílio-doença e férias para os motoristas das plataformas.

Segundo as empresas, registrar os motoristas como funcionários vai contra o modelo de negócios proposto, e poderia acarretar na falência das mesmas. A votação da Proposta 22 no estado da costa oeste dos EUA é de grande importância para os serviços pois, além da Califórnia ser um dos principais mercados para as mesmas, deve ditar o rumo da regulamentação dos aplicativos de transporte em todo o país.

NOTICIÁRIO CORPORATIVO

– IRB Brasil (IRBR3) registra prejuízo líquido de R$229,8 milhões no terceiro trimestre de 2020.

– A PetroRio (PRIO3) registra prejuízo líquido de R$ 110,59 milhões no terceiro trimestre de 2020.

– Huwai e outras empresas de telecomunicações planejam investir de R$8 bilhões a R$10 bilhões em leilões das frequências de rede 5G no Brasil.

– Saraiva tenta vender site para gigantes do e-commerce. Conversas com Amazon, Magalu e Mercado Livre não prosperaram.

– Itaú estuda cisão de investimento na XP. Banco pretende entregar maior parte de sua participação na empresa, com uma fatia de 5% sendo vendida no mercado de ações.

Imagem em destaque: Financial Times / divulgação

Guilherme Guerreiro

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