O boletim Focus publicado nesta última terça-feira (3) pelo Banco Central apontou novas projeções para a inflação brasileira deste ano, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Anteriormente, a estimativa era que a inflação iria fechar em 2,99%. Depois da revisão, a previsão do mercado financeiro foi a 3,02%, marcando assim a 12ª semana de altas constantes do IPCA. Para 2021, a estimativa da inflação subiu apenas 0,01%, indo a 3,11%.
A meta da inflação é alcançada com a manutenção da taxa Selic, que é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A reunião do Copom acontece a cada 45 dias, sendo que a última aconteceu ainda no fim de outubro. Segundo a ata publicada ontem (3) da reunião passada, a taxa Selic deve seguir os 2% já anunciados em outubro, e subir até 2,75% no ano que vem segundo economistas consultados pelo BC. A taxa deve ficar em 2% mesmo depois da próxima reunião do Copom, programada para acontecer nos dias 8 e 9 de dezembro.
A redução da taxa Selic é uma tentativa de estímulo da atividade econômica e incentivo ao consumo, pois tende a deixar o crédito mais barato e é usado pelo BC para tentar controlar a inflação. Porém, do ponto de vista de investidores, a taxa baixa de juros pode prejudicar os rendimentos.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continua com a projeção de queda de 4,81% este ano. As projeções para os próximos anos são de crescimento de 3,34% e 2,50%.
O dólar também teve projeções ajustadas, e deve fechar o ano em R$5,45, e posteriormente fechar a R$5,20 em 2021.
