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Como as eleições americanas estão movimentando o mercado financeiro nesta quinta-feira (5)

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As eleições presidenciais nos EUA se aproximam de um desfecho nesta quinta-feira (05). O candidato democrata Joe Biden assumiu a liderança ontem após uma virada no estado de Wisconsin, onde o republicano Donald Trump – candidato à reeleição – liderava até a noite de terça para quarta.

Até 10h10 (horário de Brasília), Biden permanece a apenas seis delegados de sair vitorioso no pleito estadunidense. Uma vitória no estado de Nevada, onde o democrata lidera até o momento, daria ao candidato exatamente os 270 votos eleitorais necessários para ser eleito o próximo chefe de estado da maior economia do mundo. Com mais de 72 milhões de votos, Joe Biden já é o candidato à presidência mais votado da história dos Estados Unidos.

Embora as últimas projeções apontem para uma grande chance de vitória do candidato da oposição, Trump ainda tem chances de uma virada. A vantagem do democrata ante o republicano em Nevada é inferior a 10 mil votos, e ainda falta a apuração de 25% das urnas no estado. Em contrapartida, Biden ainda tem chances de virada nos estados da Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte, que permanecem em aberto e Trump atualmente tem a maioria dos votos.

No setor de investimentos, a perspectiva de um resultado no pleito dos EUA agrada aos investidores. Com incertezas reduzidas, investidores passam a ter mais apetite pelo risco em suas aplicações. O resultado foi positivos no mercado acionário internacional, com boa parte das principais bolsas de valores em alta até aqui nesta quinta-feira

No Brasil, o Ibovespa abriu seu penúltimo pregão da semana em alta, seguindo a tendência internacional. O principal índice acionário do país estava em alta de 1,61% (99.446). A Semana tem sido de bons resultados na Bolsa, que se aproxima novamente dos 100.000 pontos após quedas bruscas na segunda quinzena do mês de outubro.

Na Europa, os principais índices do continente fecharam em alta. Além do olhar otimista com a perspectiva de um resultado das eleições norte-americanas cada vez mais próximos, as bolsas do continente refletem o otimismo pela proximidade de novos pacotes de estímulo financeiros. No Reino Unido, o pacote do Bank of England deve chegar a 150 bilhões de libras esterlinas (US$195 bilhões), enquanto o pacote em negociação na UE é de 1,8 trilhões de euros (US$2,12 trilhões). Os eventos recentes foram o suficiente para recuperar o otimismo e o apetite do investidor europeu mesmo com a retomada de medidas restritivas para combater o recente avanço da COVID-19 no continente. Confira as parciais das principais bolsas da Europa, segundo dados coletados às 10h42:

STOXX 600: +0,93% (366)

DAX (Alemanha): 1,49% (12.508)

FTSE 100 (Reino Unido): +065% (5.921)

CAC 40 (França): +1,02% (4.973)

FTSE MIB (Itália): +1,77% (19.700)

Na Ásia, a tendência também foi de altas, e com números no geral ainda mais positivos que na Europa. O principal destaque foi o índice Hang Seng, de Hong Kong, que fechou seu pregão desta quinta em alta superior a 3%. Confira o resultados dos pregões de hoje nas principais bolsas de valores asiáticas:

Hang Seng (Hong Kong): +3.25% (25.695)

KOSPI (Coreia do Sul): +2.40% (2.413)

Nikkei 225 (Japão): +1.73% (24,105)

Shanghai Composto (China): +1.30%, (3.320)

Ontem, grande destaque do mercado norte-americano foi a Nasdaq, que continua tendo performance acima dos outros índices do país em razão da alta confiança dos investidores no setor de tecnologia nesse momento. O índice fechou seu pregão de quarta (04) em alta de 3,85% (11.590), acima do S&P 500 (+2,20%, 3.443) e do Dow Jones (+1,34%, 27.847). E, pela manhã, os índices futuros permanecem em alta no país. Confira as parciais, conforme dados das 10h48:

Nasdaq Futuros: +2,57% (12.605)

S&P 500 Futuros: 1,83% (3.497)

Dow Jones Futuros: +1,42% (28.130) 

Caso Joe Biden vença Donald Trump na corrida presidencial, será a primeira vez em quase 30 anos que um presidente norte-americano é derrotado na tentativa de reeleição. Em 1992, o republicano George H.W. Bush saiu derrotado em pleito contra o democrata Bill Clinton. Desde então, Clinton foi reeleito, assim como George W. Bush e Barack Obama, seus sucessores.

Há indicativos, porém, que Donald Trump não irá aceitar facilmente uma eventual derrota nas eleições. Acusando fraude no sistema eleitoral, o atual presidente afirma que a oposição está plantando votos e contando-os como votos adiantados (via correios). O presidente já anunciou que exigirá recontagem de votos no estado de Wisconsin e, caso derrotado, recorrerá à Suprema Corte do país.

Caso haja recontagem dos votos, as eleições norte-americanas tendem seguir como centro das atenções dos noticiários pelo mundo inteiro no futuro próximo. Caso o receio de que Trump se negue a aceitar os resultados das urnas e a deixar a Casa Branca se confirme, os rumos da maior economia do mundo podem estar em cheque.

Imagem em destaque: Suno Research / divulgação

Guilherme Guerreiro

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