A pandemia do novo Coronavírus possibilitou um ano de fartura para o setor de e-commerce, que viu suas receitas dispararem em um momento que as pessoas preferem ficar em casa. Só a rede de varejo Magazine Luiza (MGLU3) subiu suas vendas digitais em 148,5%, lucrando R$ 8,2 bilhões. Via Varejo (VVAR3), dona das Casas Bahia e Pontofrio, viu um crescimento de 60% só nas Casas Bahia. A expectativa de investidores é que a Via Varejo apresente um crescimento de pelo menos 200% nas vendas onlines totais no 3T20, comparado com o mesmo período do ano passado.
A Magazine Luiza ainda apresentou um aumento de 81% nas vendas totais no 3T20, que representam R$ 12,3 bilhões. As vendas totais consideram, além dos canais digitais, as vendas em lojas físicas. A tendência recente aconteceu por conta da flexibilização das restrições impostas por governos por conta da pandemia do novo Coronavírus. De acordo com esses números recentes, a Magalu
Enquanto a Magalu e as Casas Bahia triunfam, a B2W Digital (BTOW3), conglomerado da fusão do Submarino, Americanas.com e ShopTime, teve um crescimento magro. A Magalu superou os números da B2W, que cresceu 56% nos canais digitais no 3T20 comparado ao ano passado, representando R$ 7,3 bilhões.
Um dos motivos que levam a crer que a B2W está sendo deixada para trás é que a expansão digital da B2W não foi tão robusta quanto a da Magalu e Via Varejo. A consequência disso é enfrentar um mercado em 2020 onde as pessoas saem menos de casa, consumindo muito mais pela internet.
Outro tópico importante é que mesmo depois de receber recursos de captação da sua controla Americanas (LAME4), a B2W fez poucas aquisições, ao contrário da Magazine Luiza, que incorporou 9 empresas este ano.
A B2W recentemente está investindo em reconstrução de portfólio. Segundo Raoni Lapagesse, diretor de relações com investidores da companhia, na última divulgação dos dados da empresa, essa reconstrução vem para garantir uma frequência maior de compras, aumentando ganhos em vendas.
