Notícias

Poupança é apontada como estímulo para a economia em 2021

2 Minutos de leitura

Uma possível queda no consumo, associada ao fim do auxílio emergencial (coronavoucher) projetado para o final do ano, pode até ser positivo às instituições financeiras, como é o caso do Bradesco, o que pode ser refletido no 1º trimestre de 2021. Isso porque estes dois fatores podem ser compensados pela poupança das famílias. A administração da instituição financeira acredita que haverá ainda muitas políticas que irão estimular a economia, como taxas de juros e prorrogação de alguns programas.

Vale lembrar que foi o coronavoucher que ajudou a sustentar o consumo ao longo deste ano, em meio a pandemia, destacando que custo total desta política social, levando em consideração a prorrogação, vai ficar em torno de R$ 321,8 bilhões. Salienta-se ainda que o acúmulo de depósitos bancários teve uma alta de 33,3% nos 10 primeiros meses deste ano, quando foi de R$ 2,4 trilhões em janeiro para R$ 3,2 trilhões em outubro.

Com base nessa relação, economistas projetam que tanto pessoas físicas quanto jurídicas farão uso da poupança após o final do auxílio emergencial. É aí que se concentra a compensação do consumo perdido. E esta é a justificativa pela qual especialistas financeiros acreditam que não haverá uma desaceleração do PIB no 1º trimestre de 2021 e sim no primeiro semestre do ano que vem, mas nada que possa provocar uma reação tão negativa quanto ao que se viu neste ano de 2020. 

O que dá a esperança de dias melhores na economia, é o fato comprovado de que a utilização da capacidade instalada na indústria está acima da média dos números recordes, empatando com os níveis registrados lá em 2014. E é neste momento que a indústria vai precisar acelerar a produção para atender a procura, pois já há indicadores mostrando queda dos estoques na indústria (registros mais baixos em mais de 10 anos)  como também atraso na entrega de fornecedores (mais acentuada inclusive do que durante a greve de caminhoneiros em 2018). E é aí que aparece a correlação com os índices de inflação.

O panorama neste contexto de crescimento, indica que se tem estoque para ser recolocado e atraso para ser atendido, tanto indústria quanto comércio, precisam apostar na produção, o que por sua vez pode acabar direcionando o risco inflacionário no consumidor. Sem contar que a dívida vai se aproximar do PIB e exigir um conjunto de ações para que seja flexível. Para isso, na visão dos especialistas na área, basta manter manter o teto de gastos e uma agenda mínima de reformas, que seja capaz de resultados positivos.

Foto: Reprodução Manhattan Investimentos

smart.money

Postagens relacionadas
Notícias

Setor de Serviços surpreende e cresce 0,9% em maio, acima das expectativas

1 Minutos de leitura
O volume de serviços no Brasil apresentou um crescimento surpreendente de 0,9% em maio, superando a previsão dos analistas de uma alta…
Destaques do diaNotícias

Relatório Focus: projeções para Inflação de 2023 e 2024 caem, enquanto expectativas para o PIB aumentam

1 Minutos de leitura
Em uma nova edição do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções para a inflação brasileira de 2023 e 2024 foram…
Notícias

IBC-Br surpreende e cresce 0,56% em abril, superando expectativas do mercado

1 Minutos de leitura
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento…