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Bancos centrais aguardam “up” dos governos para recuperação econômica

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Estimular a recuperação econômica, frágil em tempos atuais, se tornou um desafio e tanto para os bancos centrais. Em pouco tempo, cerca de oito meses, depois de terem investido para evitar uma depressão econômica, além de um aperto no setor de crédito, essas instituições financeiras se veem no incômodo e constrangedor arranjo de necessitar dos governos. 

As tomadas de decisões dos governos podem afetar não apenas as investidas de crescimento para trimestres vindouros, mas também influenciar as possibilidades de controlar a moeda e as taxas de juros dos bancos centrais e, inclusive, a sua confiabilidade, nos próximos anos.

Os bancos centrais mergulharam na crise de Covid-19 com cortes das taxas de juros praticadas sob uma crise comparável a períodos turbulentos e de crises de depressão vistos em momentos históricos mundiais. Logo após, cortaram ainda mais os juros, praticamente igualando-os a zero e ainda construindo programas de compra de ativos em massa. Isso os levou a uma situação de clamar pela ajuda dos governos para seguir adiante.

Essas instituições financeiras necessitam de um estímulo fiscal arrojado. Sem isso, os especialistas preveem complicações no crescimento  a longo prazo. É notório que isso acarretaria em inabilidade de se adequar para um próximo período difícil , visto que políticas monetária e fiscal agora são correlativas.

Ou seja, os bancos centrais estão hoje vivendo sob nova condição, onde não há procura satisfatória na economia global e a política monetária não pode gerar demanda. Especialistas financeiros apontam para um possível estrago a longo prazo, afirmando que há um risco de aumentar os pedidos de recuperação judicial e consequentemente prolongar o desemprego. Ao mesmo tempo, apontam a necessidade de mais apoio fiscal pontual para uma recuperação mais forte.

Os especialistas observam que no momento, os governos estão fazendo o que podem, principalmente em relação a  preservação de empregos e capacidade produtiva. A preocupação é o fim desse auxílio em curto prazo, e a dificuldade do ajuste das contas públicas, mesmo enquanto o coronavírus continua a se espalhar.

A esperança é que o apoio dos governos seja mantido, pelo menos em alguns setores específicos e, quem sabe, até mesmo ampliado. 

Foto: Freepik

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