Joe Biden, 46º presidente eleito dos EUA, confirmou nesta sexta-feira (13) a vitória em mais um dos estados-chave das eleições presidenciais. O democrata ganhou no Arizona segundo a maioria dos veículos de imprensa, estado que foi dos republicanos durante muito tempo. Com a vitória consolidada, Biden agora tem 290 delegados no Colégio Eleitoral, segundo a CNN, 20 a mais do que precisaria para vencer a disputa.
O democrata já havia decretado vitória semana passada, quando ganhou em estados-chave como Pensilvânia e Nevada. O presidente eleito deve assumir o cargo da maior potência mundial no início de janeiro.
Ainda ontem (13), a China havia parabenizado Biden pela vitória democrática das eleições. Em declaração feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, o país disse respeitar as escolhas do povo americano. “Enviamos nossas felicitações a Biden e a Harris”, ainda disse o porta-voz.
Apenas alguns países não parabenizaram Joe Biden e o reconheceram como presidente eleito dos EUA, como o México, a Coreia do Norte, Rússia e Brasil. Até o Papa católico já reconheceu a vitória do democrata. Os dois conversaram ontem (12) por telefone.
O Brasil está isolado no momento, dizendo esperar resultados oficiais vindo de Donald Trump, que ainda não aceitou a derrota. Mesmo assim, Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, pediu dados do Itamaraty na quarta-feira (11) para avaliar o impacto da vitória de Biden no Brasil.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira (13) para a Rádio Gaúcha que: “Como indivíduo, eu reconheço, mas temos que olhar que eu não respondo pelo governo. Como indivíduo, eu julgo que a vitória do Joe Biden está cada vez mais sendo irreversível”.
O vice-presidente garantiu que as relações do Brasil com o país norte-americano continuarão as mesmas com a vitória de Biden, mantendo o diálogo e benefícios mútuos.
O republicano Donald Trump continua acusando o sistema eleitoral de ser fraudulento. A justificativa de Trump é a de fraude no sistema de votos antecipados por cartas, que tem a tendência de deter uma maioria democrata.
Para piorar a tensão no país, há dois dias atrás, em entrevista coletiva, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que “Haverá uma transição tranquila para um segundo governo de Trump”. A declaração gerou revolta da imprensa.
Tudo indica que a cruzada de Trump não tem hora para acabar, e o atual presidente continua fazendo denúncias em redes sociais. Quase todas elas sendo classificadas como desinformação pelas plataformas.
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