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O mercado financeiro global se viu dividido nesta semana. De um lado, nova alta de casos do novo Coronavírus já está gerando novas medidas de restrições, indicando que a recuperação econômica pode demorar ainda mais. De outro, uma vacina com 90% de eficácia que é a principal promessa do mundo de superar a pandemia.

O medo da segunda onda preocupa o Brasil, e o ministro da economia já sinalizou o futuro do auxílio emergencial, bem como o das contas públicas, se caso o país passar por uma segunda onda forte do vírus.

Fique por dentro destes e outros destaques desta sexta-feira (13):

ALTA NOS CASOS DE COVID-19 E A PROMESSA DA VACINA

O destaque da semana, que movimentou o mercado e influenciou bolsas no mundo inteiro, é o novo Coronavírus, que está em alta mais uma vez. Mais de 1,3 milhão de pessoas morreram por COVID-19 no mundo todo, e mais de 50 milhões de casos foram confirmados até agora.

A doença causou estragos na economia global no início do ano, quando países asiáticos, europeus e americanos aplicaram medidas de restrição e lockdowns para conter o espalhamento do vírus. Por isso, a alta em novos casos confirmados de COVID-19 nesta semana preocupa o setor financeiro, que espera uma recuperação econômica dos países.

Na França, o governo federal anunciou novas medidas de restrição e lockdown no país, e deve durar até o início de dezembro. Na Alemanha, as restrições também voltaram, fechando bares, restaurantes, academias e cinemas. A Itália também aplicou novas medidas, fechando lugares onde aglomerações acontecem. Espanha, Bélgica, Portugal, Holanda, Dinamarca, República Tcheca, Irlanda do Norte, Grécia e Suécia também anunciaram novas medidas que buscam conter o avanço do vírus.

Enquanto o mercado fica incerto quanto ao futuro dos países, e pessimista com a recuperação econômica mundial, a promessa de uma nova vacina trouxe fôlego nesta semana.

As análises iniciais da vacina produzida pela Pfizer (PFE) e BioNTech’s (BNTX) apontam que a eficácia do imunizante é de 90%, um número extremamente positivo. A expectativa é que a vacina possa ser usada emergencialmente nos Estados Unidos ainda neste mês, e o governo brasileiro já sinalizou que o composto pode estar disponível para a população brasileira ainda no primeiro trimestre de 2021.

A promessa extremamente positiva da vacina Pfizer (PFE) fez o mercado reagir positivamente durante a semana. A incerteza, porém, ainda permanece. Os lockdowns e restrições já estão acontecendo, então os efeitos econômicos imediatos já estão em curso. A vacina, que é promissora, ainda deve demorar um tempo para ser aprovada, distribuída mundialmente, e causar o efeito que todos esperam: o de acabar com a pandemia.

A tendência é que o mercado continue nesse ritmo incerto, e é importante ficar de olho na alta de casos nos países, assim como novas medidas restritivas aplicadas por eles.

GUEDES DIZ QUE UMA 2ª ONDA DE CORONAVÍRUS PODE ESTENDER AUXÍLIO EMERGENCIAL

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (12) que uma segunda onda de Coronavírus no país provavelmente vai significar uma extensão do auxílio emergencial, programa do governo de assistencialismo à pessoas informais.

A declaração conflita com sinalizações do governo de que o auxílio emergencial não vai passar de dezembro, e que o país não tem recursos fiscais para a extensão do programa. Uma nova onda do vírus, porém, pode significar que mais trabalhadores informais fiquem sem emprego, indicando péssimos índices de consumo do brasileiro.

Segundo Guedes, em um evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras): “Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”.

Guedes ainda disse que a experiência que tiveram com a primeira onda de casos, quando o governo gastou 10% do PIB para programas de assistencialismo, vai ajudar o governo federal a reagir de maneira mais adequada e controlada numa eventual segunda onda do vírus. “Ao invés de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4%”, disse o ministro.

Guedes ainda sinalizou que pretende taxar transações financeiras como forma de compensação, mas disse que “não haverá aumento de imposto para quem paga imposto. Mas quem nunca pagou, vai aumentar. Imposto sobre dividendo vai subir sim, para quem estava isento antes. Se tributarmos as transações, quem não pagava vai começar a pagar. Essas considerações estão sendo feitas. Agora é um momento politico”.

O ministro citou mais uma vez no mesmo evento a economia em “V”. Isto é, uma perda muito grande seguida de uma recuperação econômica alta, que é o previsto para o Brasil segundo o ministério. “A imagem que eu uso é que a economia era como um urso hibernando. Graças aos supermercados, ao campo, mantivemos os sinais vitais. Estávamos em modo de economia de energia. Acabou o inverno, o urso sai e está com fome, vai à caça. É como a economia está voltando, em força, em V”.

AGENDA

Paulo Guedes, ministro da economia, participa do 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior às 10:30 da manhã. Na parte da tarde, às 15:30, o ministro deve ser encontrar com o presidente Jair Bolsonaro.

Às 9h deve sair o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que mede mensalmente a evolução da atividade econômica do país, e é considerado referência para o PIB. 

Na Europa, a Eurostat, que é a agência estatística da União Europeia, divulgou às 7h da manhã o índice de desemprego no bloco. No 3T20, o desemprego diminuiu em -0,9% por lá. A Eurostat também divulgou que o PIB da Zona do Euro, quando comparado com o mês passado, encolheu -4,4%.

Os EUA pretendem divulgar a inflação do país às 10:30 da manhã, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP). Divulgam também às 12h os dados de confiança do consumidor.

DADOS DE EMPRESAS

  • A B3 registrou um lucro líquido de R$ 1,136 bilhão no 3T20. 57,9% a mais na comparação anual.
  • A Centauro teve um prejuízo líquido de R$ 33,251 milhões no 3T20. O Ebitda ficou em R$ 31,004 milhões, queda de 73,5% na comparação anual.
  • Companhia Paranaense de Energia (Copel) teve um lucro líquido de R$ 680,4 milhões no 3T20. 10,9% a mais na comparação anual.
  • A Hapvida divulgou um lucro líquido de R$ 247,8 milhões no 3T20. 16,7% a mais na comparação anual.
  • A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apresentou um lucro líquido de R$ 421,6 milhões no 3T20. Queda de 65,1% na comparação anual,
  • A Oi, que se encontra em recuperação judicial, apresentou um prejuízo de R$ 2,63 bilhões no 3T20.
  • A Natura &Co registrou um lucro líquido de R$ 377,7 milhões no 3T20. Quase não houve variação comparado com os R$ 376,8 milhões em lucros do ano passado.
  • A Cyrela Brazil Realty teve um lucro líquido de R$ 1,403 bilhão no 3T20. 13,5 vezes maior que o valor do ano passado.
  • A CPFL Energia teve um lucro líquido de R$ 1,352 bilhão no 3T20. Aumento de 80,8% na comparação anual.

BOLSAS E CÂMBIO

O mercado europeu começou a manhã desta sexta-feira (13) com baixas, seguidas de uma leve recuperação logo depois. A segunda onda do novo Coronavírus vem preocupando investidores, que tentam dividir o otimismo do anúncio da vacina produzida pela Pfizer (PFE) e BioNTech’s (BNTX), com incertezas sobre novos lockdowns e restrições no continente.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,22%, indo a 386,02 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,57%, indo a 13.127,30 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,04%, indo a 6.336,35 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,84%, indo a 5.407,85 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,64%, indo a 20.951,50 pontos

Os mercados asiáticos fecharam em baixa durante a noite. Os investidores estão incertos quanto ao futuro do continente, que assim como os Estados Unidos e Europa, passa por uma segunda onda de Coronavírus. O Japão, por exemplo, registrou um recorde de 1660 novos casos de COVID-19 em um dia só na quinta-feira (12).

Assim como no mercado europeu, existe uma divisão entre o otimismo da vacina da Pfizer (PFE), e o medo da alta de casos de COVID-19, que além de significar possíveis restrições e lockdowns, tem o potencial de prejudicar inúmeros setores, como os de combustível.

Às 8h da manhã:

  • Hang Seng (HSI): -0,05%, indo a 26.156,86 pontos
  • KOSPI (KS11):+0,74% , indo a 2.493,87 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,86%, indo a 3.310,10 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,53%, indo a 25.385,87 pontos

Na direção contrária, os mercados Futuros dos EUA estão em alta.

Às 8h da manhã:

  • Nasdaq 100 Futuros subiu +0,78%, indo a 11.912,00 pontos
  • Dow Jones Futuros subiu +0,96%, indo a 29.271,5 pontos
  • S&P 500 Futuros subiu +0,91%, indo a 3.564,62

Às 9h05, ambos, Dólar e Euro, estão subindo em relação ao Real:

  • O Dólar até agora subiu +0,04, a R$ 5,46
  • O Euro subiu +0,11%, a R$ 6,45

Foto: Reuters / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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