Uma economia beneficiada, em curto prazo, em função de um menor risco de casos positivos de uma nova onda de infecções, é a previsão do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), que divulgou nota a respeito. Com isso, a instituição financeira avalia que cresceu 0,5% a expectativa de aceleração da economia brasileira, passando de 3,5% para 4,0%. O banco vai além nas suas previsões, apontando ainda uma recuperação positiva no consumo de serviços, e elevando ainda o valor do dólar no final de 2021, de R$ 4,50 para R$ 5,00, levando-se em conta a alta insegurança fiscal.
A previsão do Itaú se dá em virtude de que o Brasil vai enfrentar uma segunda onda de infecções do Covid-19, exatamente quando o País entra em período de temperaturas mais elevadas, o que diminuirá o risco de contaminação em números altos, além do avanço de testes para uma vacinação ao longo dos três primeiros meses do ano que vem. Os atuais números, que se mostram controlados, levando se em consideração os índices de ocupação de leitos hospitalares, levaram o banco acreditar no reaquecimento gradual da economia, com certa segurança.
O Itaú, maior banco privado do Brasil, maior instituição financeira da América Latina e uma das maiores do mundo, acredita que haverá um crescimento de 2,5% no 4º trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Porém, alertou que o País, continuará enfrentando riscos fiscais. Para 2020, o Itaú aperfeiçoou a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 4,1% e elevou a estimativa para o desempenho do PIB no terceiro trimestre – para alta de 9,0% ante o 2º trimestre (com ajuste sazonal), ante previsão anterior de expansão de 8,3%.
As perspectivas positivas do Itaú para o mercado econômico foi registrado no mesmo dia em que o Banco Central divulgou aumento do IBC-BR acima das previsão para setembro. Isso fez com que outros bancos verificassem os prognósticos. Quanto aos riscos do lado fiscal, este deve ficar elevado e permanecer assim até a aprovação do Orçamento do ano que vem, projetou a administração do banco, prevendo déficits primários de 11,7% do PIB em 2020 e de 2,5% do PIB em 2021.
Faltando apenas mais duas leituras neste ano, o Itaú planeja um crescimento de 3,5% na inflação medida pelo IPCA em 2020, com revisão da projeção para 2021 de 2,8% para 3,1%, incorporando menor apreciação cambial no próximo ano. Em relação a taxa de juros, o banco privado vê a Selic inalterada em 2,0% até perto do fim de 2021, quando, por suas projeções, alcançaria 3,0%. Novamente aqui, o banco aponta a falta de uma solução para o setor fiscal.
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