A manhã desta terça-feira (17) foi marcada pelo anúncio de 94,5% de eficácia da vacina da Moderna (MRNA), que mesmo não gerando o mesmo impacto na bolsa que o anúncio do imunizante da Pfizer (PFE), apresenta bons indícios de um fim provável da pandemia do novo Coronavírus.
No Brasil, São Paulo começa a se preocupar com a alta nos casos de COVID-19, seguindo a tendência da Europa e Estados Unidos de uma segunda onda do vírus. O aumento pode significar um atraso na recuperação econômica do país, além de novas medidas de restrição.
Esses e outros destaques você confere agora.
PARA MAIA, OS PRÓXIMOS 3 MESES SÃO DECISIVOS PARA O GOVERNO FEDERAL
Em uma palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta segunda-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que os próximos três meses são cruciais para o governo federal e as articulações para as eleições de 2022.
Para Maia, decisões do governo federal sobre pautas como o PEC emergencial e o PL do Mar podem definir as alianças de figuras como Paulo Guedes e o próprio presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara acredita que enquanto Guedes quer se manter leal à ala liberal, o presidente apela mais para o público conservador. Uma hora, segundo ele, decisões vão precisar ser feitas.
“Vai chegar um momento, nas próximas semanas, que nós vamos saber se essa conciliação entre conservadores, que o presidente representa, e os liberais, que o Paulo Guedes diz que representa, como é que vai ficar essa aliança nos próximos meses”, afirmou Maia.
O desafio do governo federal é conciliar pautas importantes para a recuperação fiscal com a manutenção da base para garantir números para 2022.
GOVERNO DE SÃO PAULO ADMITE ALTA NOS CASOS DE COVID-19
O estado de São Paulo passou por um aumento de 18% nos números de internações por COVID-19 na cidade, quando comparado com a semana passada. Vários hospitais paulistas já relataram aumento dos casos, incluindo o Sírio Libanez, Albert Einstein, e o Oswaldo Cruz. O estado já tem 40.576 mortes pela doença e mais de 1.169.000 casos confirmados.
Em reação, o governo de São Paulo publicou um decreto em que adia a quarentena no estado até 16 de dezembro.
O governo também anunciou que não vai atualizar o Plano São Paulo, que estabelece medidas de restrições de acordo com a gravidade da pandemia, por conta de uma falha no sistema do Ministério da Saúde que afetou a contagem de casos e óbitos. Por conta dessa falha, os números de São Paulo provavelmente são maiores que o anunciado.
“A falta de informações sobre casos e óbitos durante 6 dias da semana passada, causada por uma pane no sistema do ministério da saúde afetou a normalização dos dados em todo o Brasil, e aqui em São Paulo em especial. Por esta razão estamos adiando a atualização do Plano São Paulo para o dia 30 de novembro”, disse o governador João Dória (PSDB).
TESLA ENTRA NO ÍNDICE S&P E AÇÕES DISPARAM
Tesla (TSLA), empresa do gigante Elon Musk, vai ingressar no índice S&P 500 no fim deste ano, no dia 21 de dezembro. O anúncio fez as ações da Tesla dispararem no mercado, subindo mais de 12% nesta segunda-feira (16).
Para ser elegível no índice, a empresa precisa de pelo menos US$ 8,2 bilhões em capitalização de mercado, além de ter uma alta liquidez e ter uma flutuação de pelo menos 50% das suas ações.
AGENDA
Hoje acontece uma reunião dos BRICS, grupo que compõe o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A XII Cúpula acontece na Rússia, e o ministro da economia Paulo Guedes, juntamente ao presidente Jair Bolsonaro, participam virtualmente de uma reunião com os países participantes.
O presidente do banco central, Roberto Campos Neto, participa às 9h30 de um evento promovido pela Febraban.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) às 5h da manhã, apresentando uma alta de +1,12% na inflação para a 2ª quadrissemana de novembro.
BOLSAS E CÂMBIO
Mais um anúncio de uma vacina contra COVID-19 influenciou o mercado mundial no início desta terça-feira (17). A empresa Moderna (MRNA) anunciou que seu imunizante tem 94,5% de eficácia contra a doença.
Diferente do anúncio da vacina da Pfizer (PFE), o novo imunizante não causou um estrondo positivo nas bolsas mundiais. O mercado europeu amanheceu o dia com quase todos seus principais índices em baixas. O continente passa por uma segunda onda de Coronavírus, que continua provocando novas medidas de restrição e lockdowns em vários países, significando uma recuperação mais demorada da economia.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,18%, indo a 389,03 pontos
- DAX (GDAXI): -0,14%, indo a 13.119,90 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,63%, indo a 6.381,08 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,12%, indo a 5.464,96 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,43%, indo a 21.409,50 pontos
O mercado asiático fechou em altas durante a madrugada, carregados pelo otimismo quanto às novas vacinas. Para o Japão, a vacina significa uma retomada mais rápida à normalidade, e mais segurança para sediar as olimpíadas que estavam programadas para acontecer ainda em 2020.
- Hang Seng (HK50): +0,13%, indo a 26.415,09 pontos
- KOSPI (KS11): -0,15% , indo a 2.539,15 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,21%, indo a 3.339,90 pontos
- Nikkei 225 (N225):+0,42%, indo a 26.014,62 pontos
Os mercados futuros nos EUA acompanharam a esfriada no otimismo quanto a nova vacina.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros subiu +0,11%, indo a 12.017,62 pontos
- Dow Jones Futuros caiu -0,31%, indo a 29.772,5 pontos
- S&P 500 Futuros caiu -0,41%, indo a 3.608,12
Às 9h da manhã:
- O Dólar até agora caiu -0,41%, a R$ 5,39
- O Euro caiu -0,22%, a R$ 6,40
Foto: Agência Brasil / Divulgação