O Movimento Black Money (MBM) é uma plataforma de marketplace online que promove a conexão entre empreendedores negros. A ideia do movimento é girar o capital de consumo de famílias negras em empreendedores e negócios de outras famílias negras.
O movimento acredita que afroempreendedorismo deveria ganhar mais visibilidade, lado a lado com as discussões sobre racismo.
“Um dos nossos pilares de trabalho é a disseminação da filosofia de descrença dos poderes/intenção do Estado no sentido de justiça e equiparação racial, além da promoção do associativismo entre empreendedores negros e comunidade negra a fim de fortalecer o afroconsumo e impactar a qualidade de vida de todos nós negros dentro de uma visão Panafricanista”, como consta no site do movimento.
A população negra no país representa 54% do total, e gira mais de 1,7 trilhões de reais por ano. Mesmo assim, a compensação que trabalhadores negros recebem chega a ser de 56,6% a menos que a população branca, segundo dados do IBGE de 2019. A autonomia econômica da população negra é diretamente afetada por estes dados, o que transforma o MBM em um movimento importantíssimo na luta racial no Brasil.
O projeto começou em 2017 criado por Nina Silva, e o marketplace foi criado em março deste ano. O movimento já conta com mais de mais de 500 negócios atualmente, alcançando lucros de R$ 300 mil. Além de atuar na área de marketplace, o MBM também oferece conteúdos educativos sobre finanças
“O MBM surge de uma necessidade de discutir um ecossistema produtivo negro de inovação e criar uma cadeia produtiva onde negros e negras sejam donos dos meios de produção. Por isso, atuamos também no campo da educação para conscientizar sobre a necessidade de investimento intencional na comunidade negra”, disse a presidente do MBM, Nina Silva, em entrevista para a Folha.
Mais informações sobre o MBM, assim como passos sobre como fazer parte da iniciativa, você encontra no site.
Foto: Divulgação / Movimento Black Money