Um novo apagão no Amapá volta a colocar o futuro da Linhas Transmissora de Energia (LMTE) em cheque. É o segundo problema no abastecimento do estado do mês, sendo que o primeiro aconteceu no dia 3 de novembro.
A Coronavac, vacina desenvolvida com parceria do Instituto Butantan com o laboratório Sinovac, mostra resultados promissores nesta semana, indicando que a retomada da normalidade pode estar próxima.
No resto do mundo, as bolsas tentam balancear o otimismo com os ótimos resultados da vacina da Pfizer (PFE) com a alta severa de novos casos de COVID-19 nos EUA e Europa.
Esses e outros destaques você confere abaixo.
BRASIL DEVE PASSAR POR REFORMAS ATÉ O FIM DO ANO QUE VEM
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, o Brasil deve passar por intensas reformas até o fim do ano que vem. A fala aconteceu nesta terça-feira (17) durante um congresso da Abrapp.
O diretor prometeu que a agenda de desestatização deve ganhar corpo ano que vem, e que os Correios e a Eletrobras estão entre as que devem ser transferidas para o setor privado.
“Pode cobrar, nós vamos abrir a economia brasileira, mas dando passo a passo e de forma responsável”, afirmou o diretor.
APAGÃO VOLTA A ATINGIR AMAPÁ
Duas semanas depois do blecaute do dia 3 de novembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou que as 13 cidades do estado do Amapá, afetadas pela falta de abastecimento, registraram falta de luz de novo na noite de terça-feira (17). Os moradores dizem que o abastecimento voltou por volta das 22:40, mas com muitas oscilações.
No início de novembro, um incêndio na subestação Macapá, das Linhas Transmissora de Energia (LMTE) deixou o estado no escuro.
Segundo a Eletronorte, um problema na distribuição de energia elétrica, externo à usina, provocou um desligamento da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, que comporta parte do abastecimento no estado.
Ontem, o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, disse que a empresa pode sofrer intervenção ou extinção dos contratos de concessão, a depender do Relatório de Análise da Perturbação (RAP) sobre possíveis negligências cometidas pela empresa.
O apagão no estado, além de afetar a luz, afeta também a comunicação das pessoas. Os únicos lugares que possuem internet, ou meios de se carregar celulares, são os que possuem geradores.
CORONAVAC OFERECE RESPOSTA IMUNE EM 97% DOS CASOS
A vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan com parceria do laboratório chinês Sinovac, oferece resposta imune em até 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos, além de ser segura. Os dados são segundo um artigo publicado na The Lancet ontem.
A Coronavac já está na terceira fase de estudos, é testada na Turquia, Indonésia e Brasil. A vacina também já é aprovada na China para pessoas em emprego de risco, como profissionais da área da saúde.
Segundo a pesquisa, a Coronavac “pode ser útil para o uso emergencial e é de importância vital durante a pandemia de COVID-19”.
A vacina desenvolvida pela Sinovac já tem importação de 6 milhões de doses autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A distribuição, porém, depende de registro e de autorização da própria Anvisa.
A notícia sobre a boa resposta imune da vacina é uma ótima notícia para o país, que busca se recuperar economicamente.
AGENDA
O indicador IGP-M, que mede a inflação e é divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) deve sair ainda hoje.
Dados do fluxo cambial informados pelo Banco Central saem às 14:30.
Saiu hoje o índice de preços ao consumidor (IPC) da Zona do Euro. O registro foi de queda de -0,3% na comparação mensal.
BOLSAS E CÂMBIO
Os principais índices europeus começaram essa quarta-feira (18) com quedas e ganhos magros. O continente passa por uma segunda onda do novo Coronavírus, e boa parte dos países já adotaram medidas de restrição. Na França, por exemplo, o número de casos confirmados de COVID-19 passou de 2 milhões de pessoas, com mais de 46 mil mortes. Ontem, o país teve 1.219 mortes pela doença, um número que os franceses não viam desde abril.
O otimismo quanto a confecção das vacinas continua, mas as consequências econômicas de curto prazo preocupam os investidores.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,24%, indo a 389,73 pontos
- DAX (GDAXI): +0,20%, indo a 13.160,30 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,16%, indo a 6.354,85 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,10%, indo a 5.488,71 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,59%, indo a 21.562,50 pontos
O mercado asiático também foi fortemente influenciado pelos mercados europeus, e seguiram a tendência de preocupação quanto ao crescente número de casos confirmados de COVID-19. Em Tóquio, Japão, o número de casos atingiu um número recorde nesta quarta-feira (18), de 493.
Ainda no caso do Japão, a bolsa de Tóquio reagiu à uma queda de -0,2% nas exportações do país na comparação anual. O número é muito melhor que a queda de -4,5% esperada por investidores.
- Hang Seng (HK50): +0,49%, indo a 26.544,29 pontos
- KOSPI (KS11): +0,26% , indo a 2.545,64 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,22%, indo a 3.347,30 pontos
- Nikkei 225 (N225): -1,10%, indo a 25.728,14 pontos
Os mercados futuros dos EUA amanheceram em altas, ainda sob influência de um mercado que tenta balancear o otimismo quanto às novas vacinas com a alta drástica no número de infectados por COVID-19.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros subiu +0,30%, indo a 12.011,38 pontos
- Dow Jones Futuros subiu +0,29%, indo a 29.805 pontos
- S&P 500 Futuros subiu +0,23%, indo a 3.615,12
Às 9:05 da manhã, os valores do Euro e Dólar crescem ante ao Real.
- O Dólar até agora subiu +0,07%, a R$ 5,33
- O Euro subiu +0,09%, a R$ 6,32
Foto: Reuters / Divulgação