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Investidor internacional volta a investir no Brasil, provocando uma corrida à Bolsa

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Boa notícia para o mercado interno neste mês de novembro: investidores externos voltam a apostar firme no Brasil, após uma fuga compacta de capital da B3 registrada até mês de outubro. Para se ter uma ideia do forte retorno deste capital internacional, a Bolsa registrou a entrada de R$ 14,5 bilhões, somente na última semana. Isso representa um salto positivo – de novembro – total de 17,8 bilhões. Anotem que ainda em novembro, o Ibovespa já teve elevação de 13%, ainda que tenha registrado uma queda e, na terça-feira (17), o índice ultrapassou os 107 mil pontos, a maior escala em nove meses, registrado lá em fevereiro.

Analistas financeiros acreditam que essa volta de investimento estrangeiro está ligado a queda de dúvidas após as eleições presidenciais nos EUA. Outra ponto registrado com entrada desses investidores é a desvalorização do dólar, em 7,11% frente o real, anotado desde o início do mês, e passando a R$ 5,33. Isso acontece em meio a sinalização do Banco Central de que pode crescer a fatia de swaps cambiais – é uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabilidade, entre investidores –  disponibilizados para contemplar à alta demanda por dólares nas semanas a frente. 

Economistas apontam ainda que há motivos peculiares que conquistam os investimentos externos, como as notícias que voltam a dar esperanças quanto a uma vacina eficaz contra o Covid-19, com expectativa de começarem a ser distribuídas a partir da metade do mês de dezembro; a posição do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM), em demonstrar seu interesse em listar matérias e projetos ligados ao ajuste fiscal no fim do ano bem como a reforma administrativa. Isso demonstra, conforme os especialistas do setor, que os ativos brasileiros estão muito baratos em dólar. As ações brasileiras, levando -se em conta a taxa de câmbio abaixo de R$ 5,40, estão sendo negociadas a preços chamativos.

No entanto, há analistas que acreditam que esta persistência se apoia na continuidade do controle da questão fiscal nas mãos do governo. Os gastos, segundo eles, foram grandes durante a pandemia. Passado esse período, os investidores vão inquirir sobre essa responsabilidade do governo. Para eles, as privatizações, promessa do ministro Paulo Guedes, também precisam ser aceleradas, o que traria continuidade de investidores estrangeiros. 

Economistas dizem ainda que estas semanas pós eleições municipais, serão cruciais para reforçar o comprometimento com o teto de gastos e a constância da dívida pública. A cautela em torno do ambiente fiscal se exacerba, até mesmo em um novo programa para ser implantado no lugar do auxílio emergencial. E esse cuidado se dá exatamente por um cenário onde a dívida bruta chega a 90,6% do PIB, em alta de 15 pontos percentuais em relação ao final de 2019. Sendo assim, estes especialistas apontam que as contas públicas continuam sendo o principal risco para o ano que vem. 

O setor aponta também uma projeção para a relação dívida PIB, em 94,4% para 2020 e 96,3% em 2021, esperando-se neste caso, uma melhora sensível em frente a aceleração da arrecadação. Há ainda os que acreditam que o cenário é positivo e que vai provocar uma nova corrida à Bolsa, puxada principalmente pelo investidor nacional. Lembrando a grande preocupação com uma possível onda da pandemia, novamente com restrições sérias de mobilidade, que poderá levar a afetar a economia mundial.  

Foto: Reprodução Capital Research

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