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Um impasse nas políticas de empréstimo emergencial durante a pandemia empurra o mercado norte-americano para baixo, enquanto o país registra altas nos números de casos por COVID-19.

O mercado global continua sendo influenciado pelo SARS-CoV-2, que já matou mais de 1,3 milhão de pessoas no mundo todo. Enquanto países se preparam para uma segunda onda de infecções, as bolsas reagem negativamente às possíveis políticas que podem atrasar a recuperação econômica.

Esses e outros destaques você confere agora.

MESMO COM VACINAS, MERCADO PERDE OTIMISMO DURANTE A SEMANA. POR QUÊ?

Os anúncios das taxas de eficácia das novas vacinas contra o novo Coronavírus atingiram o mercado de maneira muito positiva no início da semana. A vacina da Pfizer (PFE), em parceria com a BioNTech (BNTX), tem 95% de eficácia contra o vírus. A da Moderna (MRNA) tem 94,5%. Ambos os imunizantes estão na Fase 3 de estudos, a última antes de receberem, ou não, a aprovação para distribuírem.

Enquanto isso, duas outras vacinas promissoras apresentaram resultados positivos nesta semana. A primeira é da AstraZeneca (AZN), que se encontra na Fase 2 de desenvolvimento. A empresa anunciou que pacientes jovens adultos e idosos tiveram uma ótima resposta imune ao tomarem a vacina. Enquanto isso, aqui no Brasil estão sendo conduzidos testes da Coronavac, do laboratório chines SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. Essa também está na Fase 2, e estudos recentes publicados indicam que o imunizante cria resposta imune em 97% das pessoas vacinadas.

Se os anúncios das vacinas indicam um possível fim da pandemia de COVID-19 já no primeiro semestre de 2021, por que o mercado termina a semana registrando quedas e ganhos magros? A resposta está no curto prazo.

Os EUA, país com mais infectados de COVID-19 no mundo, registrou mais de 150 mil casos novos do vírus todos os dias desta semana. Só ontem, o número registrado foi de 190 mil casos. Em resposta à alta, o governo de Nova Iorque já fechou escolas, que voltaram a ter ensino remoto. A Califórnia também reagiu, anunciando toque de recolher.

Enquanto a alta nos casos acontece, o governo norte-americano vive impasses sobre um novo pacote fiscal que pode ajudar o país neste momento de pandemia, além de polêmicas sobre extensão de programas emergenciais de empréstimo. Hoje mais cedo, o Secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, disse que não vai aprovar o aditamento desses programas.

Na Europa, os próximos seis meses serão muito difíceis, segundo a World Health Organization (WHO). Só nesta semana, o continente registrou mais de 29 mil mortes por COVID-19. Vários países europeus, como Itália, França e Espanha, registraram números que indicam que o país se encaminha para uma situação semelhante, ou pior, que a de março.

Na Ásia, embora os números sejam menores na maioria dos países, a preocupação é a mesma. Os casos estão crescendo em um ritmo alarmante no Japão e Coreia do Sul. Segundo o Yasutoshi Nishimura, ministro do comitê japonês responsável por lidar com a pandemia, o país será forçado a tomar medidas drásticas caso os números de infecções aumentem.

No Brasil, cidades como São Paulo já registram altas significativas de internações em hospitais da cidade. O país registrou 644 novas mortes só ontem. Além de SP, outros doze estados registraram altas na média de infecções diárias.

A segunda onda do vírus que os países tanto temiam chegou, e a reação do mercado nesta semana não poderia ser diferente. A preocupação é com consequências econômicas imediatas, de serviços que vão ser duramente afetados pela segunda onda de COVID-19.

Mesmo sabendo que a pandemia pode acabar já no primeiro semestre de 2021 com a chegada das vacinas, a preocupação com as próximas semanas dita o pessimismo do mercado. A tendência é que as bolsas continuem reagindo de maneira negativa até os próximos anúncios positivos —  quem sabe já sobre distribuição —  dos laboratórios sobre os imunizantes.

GUEDES VOLTA A FALAR SOBRE NOVA CPMF

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (19) no Bradesco BBI 10th CEO Forum – The Leadership´s View, que a aprovação da reforma tributária deve sair no ano que vem. Se sair em 2020, nas próprias palavras do ministro, seria “milagre”.

A nova tributação de transações viria para que seja possível desonerar a folha de pagamento. O plano atual prevê taxação no PIX, novo serviço de transações anunciadas pelo Banco Central.

Ainda no mesmo evento, Guedes disse que o cenário considerado pela equipe econômica é a da extinção do auxílio emergencial no fim deste ano, programa de assistencialismo criado para dar a população informal mais poder de consumo durante a pandemia do novo Coronavírus.

AGENDA

Dados sobre a arrecadação de impostos no Brasil devem sair ainda hoje.

Na Europa, dados sobre confiança do consumidor na União Europeia devem sair às 12h.

BOLSAS E CÂMBIO

Os mercados europeus começaram esta sexta-feira (20) com altas. O continente passa por uma segunda onda de COVID-19, que influenciou a bolsa europeia durante toda semana junto aos anúncios de eficácia das vacinas da Pfizer (PFE) e Moderna (MRNA).

Nesta manhã, o mercado europeu foi influenciado pelos impasses e incertezas sobre pacotes fiscais nos EUA.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,69%, indo a 390,28 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,54%, indo a 13.156,35 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,67%, indo a 6.376,55 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,76%, indo a 5.515,99 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): 1,02%, indo a 21.756,50 pontos

A alta nos novos casos de Coronavírus também influenciou o mercado asiático. Países como Japão e Coreia do Sul registraram altas recordes do vírus nesta semana.

A preocupação dos investidores é quanto possíveis novas medidas de restrição, até mesmo lockdowns, que podem atrasar a recuperação econômica.

  • Hang Seng (HK50): +0,36%, indo a 26.451,54 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,24% , indo a 2.553,50 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,44%, indo a 3.377,73 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,42%, indo a 25.527,37 pontos

Os mercados futuros dos EUA amanheceram nesta sexta-feira (20) com quedas em dois de seus principais índices. O mercado norte-americano, um pouco mais pessimista que o europeu, está assim devido a um impasse nas políticas de estímulos fiscais.

Ainda hoje, o Secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, se recusou a aprovar a extensão uma lista de programas de empréstimos criados durante a pandemia.

Às 8h da manhã:

  • Nasdaq 100 Futuros subiu +0,13%, indo a 12.002,88 pontos
  • Dow Jones Futuros caiu -0,18%, indo a 29.390,0 pontos
  • S&P 500 Futuros caiu -0,10%, indo a 3.576,38

Às 9:05:

  • O Dólar até agora caiu -0,11%, a R$ 5,30
  • O Euro caiu -0,10%, a R$ 6,29
Juan Tasso - Smart Money

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