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Vacina de Oxford e AstraZeneca pode ter eficácia de 90%

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Em um comunicado conjunto, o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram nesta segunda-feira (23) que a eficácia de sua vacina em desenvolvimento contra a COVID-19 pode ser de até 90%. O resultado foi obtido através da terceira fase de testes clínicos, realizada no Reino Unido e no Brasil.

Houveram dois métodos distintos de administração da vacina, em dois grupos de voluntários diferentes, com eficácia média de 70%. Em um dos grupos, foram aplicadas duas doses completas do imunizante, com intervalo de um mês entre as mesmas, com a vacina alcançando uma eficácia de 60%. No outro grupo, o grupo recebeu apenas meia dose na primeira aplicação, e uma segunda dose completa um mês depois. Foi neste grupo com a dosagem cortada na primeira aplicação que a vacina alcançou os 90% de eficácia contra o novo coronavírus.

Peter Horby, professor de saúde global e infecções emergentes na Universidade de Oxford, ainda afirmou que o imunizante desenvolvido em parceria com a AstraZeneca se mostrou eficaz ao combater a infecção dos voluntários pelo novo coronavírus. Assim, não apenas a vacina é eficaz para a saúde do paciente, mas também ajuda a prevenir a disseminação do vírus.

Nas duas primeiras fases de testes, o imunizante já havia se mostrado seguro e que induz a produção de anticorpos. Um diferencial da vacina britânica em relação às demais variantes é que o imunizante de Oxford/AstraZeneca pode ser armazenado de forma segura em geladeiras. O fator é considerado importante, pois torna o transporte e o armazenamento da vacina muito mais práticos. As vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna necessitam de armazenamento em temperaturas abaixo de -70 graus celsius.

A diferença na maneira como os imunizantes são armazenados é resultado de duas abordagens diferentes no desenvolvimento das mesmas. A vacina de Oxford/AstraZeneca é feita a partir de um adenovírus causador de gripes comuns em chimpanzés, combinado com uma proteína encontrada no coronavírus que instrui as células do corpo humano a combater o vírus. Já as vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna são baseadas no RNA mensageiro.

Por esse motivo, há também uma discrepância no preço dos imunizantes. Enquanto a vacina de Oxford/AstraZeneca deve ser comercializada na casa dos US$3, as doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna devem ser comercializadas por US$20 e US$25, respectivamente.

Nos próximos dias, a AstraZeneca deve submeter os resultados dos testes às agências regulatórias de diversos países, incluindo o Brasil, e a empresa já declarou que solicitará que a OMS permita o uso emergencial do imunizante. Os resultados ainda serão analisados por pesquisadores independentes.

Guilherme Guerreiro

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