Em comunicado, a Vale (VALE3) afirmou que segue construindo um diálogo, tanto com o estado de Minas Gerais como com a Justiça, em busca de um acordo que beneficie não só o estado, mas também as comunidades de Brumadinho e dos municípios afetados da calha do rio Paraopeba. As negociações ocorrem no âmbito do Cejusc, órgão de mediação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país, informou ainda que “os valores de um possível acordo deverão considerar diversos aspectos econômicos, inclusive alguns desembolsos em curso ou já incorridos. Por esse motivo, os valores mencionados até o momento são especulativos e não guardam relação direta com os pedidos dos autores das ações civis públicas”.
O Governo do estado informou que a mineradora ofereceu uma valor de R$ 21 bilhões por danos sofridos pela economia. O estado pede R$ 26,7 bilhões, além de R$ 28 bilhões por danos morais. No entanto, a mineradora destacou no comunicado, que não existe ainda definição de valores para um eventual acordo.
Na terça-feira passada (17), audiência entre o governo de Minas e a Vale, para tratar da reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho, foi adiada para 9 de dezembro. Porém ficou acertado que a empresa estenderá o pagamento emergencial até o mês de dezembro de 2020.
Economistas apontam que na semana passada, o banco Morgan Stanley afirmou em relatório, que a Vale deve provisionar mais de US$ 4 bilhões, o equivalente e R$ 21,2 bilhões, no primeiro trimestre de 2021, em razão das negociações com as autoridades de Brumadinho.
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