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Nos EUA, notícias sobre uma possível transição amena de poder anima as bolsas no início do dia. Investidores esperam que com a nova administração, importantes investidas na aprovação de novos pacotes fiscais aconteçam ainda no início de 2021.

No Brasil, a preocupação quanto à uma segunda onda do novo Coronavírus aumenta, enquanto governo estuda extinguir auxílio emergencial depois de dezembro.

Esses e outros destaques você confere agora.

TRUMP AUTORIZA TRANSIÇÃO DE PODER

A Administração de Serviços Gerais (GSA em inglês) dos EUA enviou uma carta ao presidente eleito Joe Biden na segunda-feira (23), anunciando o início dos protocolos da transição da presidência do país. A carta foi enviado pelo chefe da GSA, Emily Murphy.

Em resposta, o republicano Donald Trump disse em uma série de tweets ontem que autoriza o início dos protocolos, mas que ainda não desistiu da luta.

Trump ainda não aceitou a derrota para o democrata Joe Biden. O republicano fez inúmeras acusações de fraude, tentando deslegitimar o sistema de voto por cartas, que costuma comportar uma maioria democrata. Segundo Trump, votos “fantasmas” aconteceram em vários estados, favorecendo Biden.

Os tweets de ontem, porém, sinalizam que o atual presidente está disposto a seguir os protocolos iniciais de transição de governo na Casa Branca, indicando um fim do medo de uma ruptura no processo democrático.

O mercado reagiu bem a notícia, e estabilidade é a palavra-chave. O democrata Joe Biden significa uma rapidez na aprovação de pacotes de estímulos fiscais que o país tanto precisa, além da retomada de relações diplomáticas estáveis com parceiros econômicos importantes.

O Itamaraty ainda não reconheceu Biden como presidente eleito dos Estados Unidos, esperando uma resposta oficial de Trump concedendo a derrota. Contando com o dia de hoje, são 17 dias sem reconhecer a vitória do democrata.

BRASIL ATRASA EM APRESENTAR PLANO DE IMUNIZAÇÃO DA POPULAÇÃO CONTRA COVID-19, QUE APARENTA ESTAR EM UMA SEGUNDA ONDA NO PAÍS

O governo brasileiro está atrasado em mostrar um plano detalhado de imunização da população contra COVID-19. Uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) foi publicada em agosto, exigindo um planejamento do governo federal, mas até agora a Advocacia-geral da União (AGU) recorreu, e a decisão ainda não foi cumprida.

O Brasil está seguindo a tendência da Europa e Estados Unidos de uma segunda onda do vírus. A média de mortes diárias cresceu em 11 estados quando comparados com 14 dias atrás. No total, são mais de 6 milhões de infectados pela doença, e as mortes já contabilizam 169 mil. Hospitais nas capitais como São Paulo já registram altas nas internações.

Segundo pesquisadores, o país carece de um sistema eficiente de testagem da população, além de não conseguir cumprir com medidas de restrição recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (WHO em inglês).

A falta de planejamento gerou cenas como as vistas em Guarulhos no último final de semana. Segundo uma apuração do Estadão, mais de 6,8 milhões de testes para COVID-19, que perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021, estão estocados em um armazém do Ministério da Saúde. Somente estes testes custaram mais de R$ 290 milhões.

A preocupação é que essa falta de planejamento afete também a distribuição de uma eventual vacina contra o vírus. Na semana passada, o Brasil recebeu 120 mil doses da vacina do laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. A expectativa é que o país receba mais doses até o fim do ano, e que sua distribuição seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) assim que os estudos sejam finalizados.

A segunda onda do vírus, acompanhada de uma falta de planejamento do governo federal, pode significar péssimas notícias para a economia brasileira para os próximos meses. O Ministério da Economia já planeja o fim do auxílio emergencial em dezembro, mas a alta nos casos pode significar a aplicação de medidas de restrição em estados e municípios, obrigando o governo federal a retomar os diálogos de programas de assistencialismo.

Em um evento promovido por uma empresa de investimentos na segunda-feira (23), Paulo Guedes disse que o ministério está preparado para reagir se caso uma segunda onda de COVID-19 acontecer:

“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda, etc, e nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica. Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionam melhor”, disse Guedes.

AGENDA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje às 9h dados sobre inflação medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Dados sobre a arrecadação da Receita Federal de outubro saem às 10h30

BOLSAS E CÂMBIO

Os mais importantes índices europeus começaram a manhã desta terça-feira (24) em alta. O otimismo quanto aos ótimos resultados das vacinas contra COVID-19 continua, acompanhado das notícias de uma transição amena de poder nos Estados Unidos.

Sa segunda-feira (23), o chefe da Administração de Serviços Gerais (GSA em inglês) dos EUA, Emily Murphy, enviou uma carta ao presidente eleito Joe Biden, anunciando formalmente o início da transição.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,52%, indo a 390,88 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,93%, indo a 13.248,55 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +1,01%, indo a 6.397,95 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +1,30%, indo a 5.563,74 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +1,37%, indo a 21.999,50 pontos

Os mercados asiáticos fecharam seguindo a tendência da Europa quanto ao otimismo da vacina.

Os sinais de uma transição tranquila de poder nos EUA não afetaram o mercado asiático, que teve quedas em 2 índices importantes nesta terça-feira (24).

  • Hang Seng (HK50): +0,39%, indo a 26.588,20 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,58% , indo a 2.617,76 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,34%, indo a 3.402,82 pontos
  • Nikkei 225 (N225): +2,50%, indo a 26.165,59 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,61%, indo a 4.974,29

Sinais de uma transição amena de poder nos EUA faz muito bem ao mercado. Com Biden na presidência, a expectativa é que o democrata acelere a aprovação de novos pacotes fiscais no país, que pode significar uma recuperação econômica mais rápida.

Além disso, espera-se que as relações diplomáticas do país norte-americano com parceiros comerciais importantes, como a China, estabilizem.

Às 8h da manhã:

  • Nasdaq 100 Futuros subiu +0,28%, indo a 11.938,00 pontos
  • Dow Jones Futuros subiu +1,05%, indo a 29.855,0 pontos
  • S&P 500 Futuros subiu +0,78%, indo a 3.604,00

Às 9h05 da manhã, o Dólar e o Euro caem ante ao Real:

  • O Dólar até agora caiu -0,46%, a R$ 5,41
  • O Euro caiu -0,19%, a R$ 6,42

Foto: Reuters / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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