O Grupo Cortel, empresa do setor de luto, protocolou pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para registro de sua oferta inicial de ações (IPO). O pedido foi feito nesta segunda-feira (23). A princípio, a empresa tem como objetivo ofertar ações tanto de distribuição primária quanto secundárias.
Fundada em 1963 em Porto Alegre (RS), a Cortel trabalha com serviços de cremação, organização de funerais e demais serviços atrelados ao luto. Uma das empresas do grupo, a Cremapet, trabalha com serviços de luto relacionados a animais de estimação.
Em 2019, o Grupo Cortel alcançou um faturamento de R$83,837 milhões, uma queda em relação ao ano anterior (R$87,557 milhões). Os lucros da empresa também apresentaram baixa de 2018 para 2019, indo de R$18,670 milhões para R$13,387 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da empresa também caiu na mesma base comparativa, de R$35,773 milhões para R$27,585 milhões.
Caso tenha seu pedido de IPO aprovado pela CVM, a holding será a primeira empresa do setor a fazer parte da B3. Entre os acionistas que devem vender suas participações na holding durante a oferta inicial de ações, estão membros da família fundadora da Cortel e grupos de investimentos, como o Brazilian Graveyard, fundo especializado na área de serviços de luto.
A estimativa é que a oferta inicial de ações da Cortel gere uma operação de até R$400 milhões. Uma parte desse capital (venda de ações primárias) entrará para o caixa da empresa, arrecadação que deve ser utilizada pela Cortel para efetuar a aquisição de outras empresas do setor, expandindo o alcance e a participação da holding no mercado.
O foco da empresa é a aquisição de ativos em regiões urbanas, em centros com pelo menos 500 mil habitantes. Atualmente, a Cortel controla dez cemitérios, todos em regiões de centros urbanos, entre outros ativos. A empresa realiza, ao todo, cerca de 5,5 mil cremações e 4,9 mil sepultamentos ao ano.
Imagem em destaque: GaúchaZH / divulgação
