O mês de novembro foi marcado por uma sequência de anúncios positivos sobre o desenvolvimento de vacinas contra o COVID-19. No mundo todo, são 4 vacinas na Fase 3 de desenvolvimento, a última antes da aprovação e distribuição. Os anúncios geraram ondas de otimismo nas bolsas, que esperam ansiosamente pelo retorno da normalidade.
Um erro na divulgação dos dados sobre uma das vacinas, porém, bota em cheque a confiança do mercado e governos em empresas que prometem imunizar a população contra o vírus.
No Brasil, o teto de gastos continua sendo um assunto latente. Um desencontro de falas de Paulo Guedes e Campos Neto, presidente do BC, provocou atritos e gerou matérias, forçando os dois a dialogarem.
Esses e outros destaques você confere agora.
PAULO GUEDES REBATE COMENTÁRIOS DO PRESIDENTE DO BC. MINISTRO NEGA DIVERGÊNCIAS
O ministro Paulo Guedes conversou por telefone nesta quinta-feira (26) com o presidente do Banco Central, Campos Neto, depois de um atrito gerado entre os dois por conta uma declaração do ministro da economia.
O presidente do BC havia dito na quarta-feira (25) que o Brasil precisa ganhar credibilidade com a aplicação de reformas, e que isso ajudaria no crescimento econômico. Segundo ele, o país também precisa se preocupar com a dívida pública. Horas depois, Paulo Guedes respondeu: “O presidente Campos Neto sabe qual é o plano. Se ele tiver um plano melhor, pergunte a ele qual o plano dele; qual o plano que vai recuperar a credibilidade”.
Depois do atrito, Guedes disse ao Estadão que “não existe eu no Ministério Economia e Campos Neto não estar no BC”, e que admira muito o trabalho do presidente do BC.
Ao SBT, Campos Neto disse na quinta-feira (26) que apenas estava ecoando uma preocupação já apontada pelo ministro. A preocupação é com o teto de gastos e com a imagem de responsabilidade fiscal que o país vai passar para investidores.
OXFORD E ASTRAZENECA ADMITEM ERRO NOS DADOS DA VACINA
A AstraZeneca (AZN) admitiu nesta quinta-feira (26) uma falha no cálculo da dosagem da vacina aplicada em voluntários. Houve um erro também no momento que escolheram para divulgar os resultados.
A AstraZeneca (AZN) havia anunciado juntamente com Oxford que seu imunizante tem eficácia de 90% quando meia dose é aplicada, e 62% quando aplicada de modo completo. Os dados por si só já geraram dúvidas na comunidade científica, mas tudo piorou quando um executivo da empresa disse à Reuters que a aplicação da metade da dose da vacina foi acidental. A porcentagem de 90% de eficácia veio por acidente.
O erro da empresa bota em cheque a confiabilidade depositada por países e população na tão prometida vacina. O imunizante é um dos 4 que estão na fase final de testes.
A notícia é fria para um mercado que tanto espera pela volta da normalidade. A probabilidade do mundo ser imunizado contra o COVID-19 antes do fim do ano é baixíssima, e a notícia sobre o erro de eficácia em uma das empresas mais confiáveis do mercado pode provocar um fim momentâneo no otimismo das bolsas quanto às vacinas.
Saiba mais
Vacina de Oxford e AstraZeneca pode ter eficácia de 90%
AGENDA
Às 9h: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga dados sobre a taxa de desemprego no país relativo ao mês de setembro.
Às 9h30: dados de empréstimo e estoques de empréstimo de outubro devem ser divulgados pelo BC.
Na Zona do Euro, dados sobre a confiança de consumidores e empresas foram divulgados mais cedo. O número é 1,1 ponto acima do esperado, ficando em 87,6.
BOLSAS E CÂMBIO
Os principais índices europeus começaram esta sexta-feira (27) registrando altas, mesmo depois das notícias desmotivadoras sobre a vacina desenvolvida pela AstraZeneca (AZN). Ontem, o laboratório de Oxford admitiu que errou nos dados divulgados sobre a eficácia do imunizante, e que a vacina irá precisar de novos testes.
O índice mais afetado pela notícia foi o britânico FTSE 100 (FTSE), que registrou quedas significativas quando o mercado abriu.
Investidores estão de olho no desenvolvimento das vacinas contra COVID-19. Quanto mais rápida for a aprovação e distribuição, mais rápida vai ser a volta da normalidade, seguida de uma recuperação econômica.
Enquanto a volta à normalidade não acontece, o mercado se preocupa com a alta de casos de COVID-19 no continente europeu. Países como Alemanha e França vão ficar em lockdown até pouco antes no natal.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,02%, indo a 391,71 pontos
- DAX (GDAXI): +0,26%, indo a 13.321,05 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,45%, indo a 6.334,46 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,51%, indo a 5.595,16 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,38%, indo a 22.285,50 pontos
Os mercados asiáticos chegaram a abrir com perdas nos seus índices, influenciados pela notícia sobre a vacina da AstraZeneca (AZN), mas se recuperarem logo em seguida e fecharam o dia registrando altas.
- Hang Seng (HK50): +0,28%, indo a 26.894,68 pontos
- KOSPI (KS11): +0,29% , indo a 2.633,45 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,14%, indo a 3.408,31 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,40%, indo a 26.644,71 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,24%, indo a 4.980,76
Afetados pela incerteza quanto a vacina de Oxford, os índices futuros dos EUA começaram o dia registrando ganhos magros. O mercado está dividido entre as notícias desmotivadoras, o crescente número de casos confirmados de COVID-19 no país, e os bons resultados de outras vacinas divulgados durante o mês.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros subiu +0,36%, indo a 12.196,00 pontos
- Dow Jones Futuros subiu +0,19%, indo a 29.884,0 pontos
- S&P 500 Futuros subiu +0,17%, indo a 3.633,38 pontos
Às 9h05 da manhã, o Dólar e o Euro caem ante ao Real:
- O Dólar até agora caiu -0,17%, a R$ 5,32
- O Euro caiu -0,06%, a R$ 6,35
Foto: Reuters / Divulgação
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