Você provavelmente cresceu ouvindo que o melhor investimento é comprar imóveis ou que esse é o único investimento possível para você preservar e aumentar o seu patrimônio. Esse senso foi construído ao longo de várias décadas.
No passado, a população vivenciou períodos de hiperinflação, com remarcações de preços em curto intervalo de tempo. Isso fez com que a busca pelos imóveis se tornasse uma saída para reserva de valor. Além disso, o mercado financeiro era pouco explorado pela população em geral. A falta de disseminação e a democratização das informações, que carregavam termos complexos, mantinham as pessoas afastadas.
É extremamente comum encontrar pessoas em idade ativa atualmente, que receberam heranças de seus pais e ou avós em forma de casas, apartamentos e terrenos, com dificuldade de até mesmo realizar inventário para acessar o bem. A liquidez, que varia de acordo com a localização, pode deixar o ativo imobilizado por anos.
Aqueles que não investiam em imóveis, por geralmente não possuírem capital disponível para isso, mantinham suas reservas em poupança. Daí vem outro trágico acontecimento histórico que afastou ainda mais as pessoas dos investimentos: o confisco da poupança em 1990. O que o brasileiro ia pensar dali em diante? Se nem mesmo a poupança era segura, qual outro investimento seria? E assim a ideia de que investir em imóveis era a opção mais segura ganhou ainda mais força.
Vale ressaltar aqui que não há mais a possibilidade de acontecer novos confiscos. A proibição está na Emenda Constitucional 32/2001, artigo 62, parágrafo 1º, inciso II: “É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria que vise detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro”, o que voltou a atrair os pequenos investidores para mercado financeiro.
Há pouco tempo atrás era impossível imaginar investir no setor imobiliário sem possuir um grande valor em dinheiro disponível ou através de empréstimos e financiamentos a “sumir de vista”. Lembrando que aqui não estamos discutindo o imóvel como moradia, mas sim como um investimento que vá te gerar renda passiva futura, ou seja, o comum ato de adquirir o bem pensando em alugar posteriormente e viver daquele aluguel.
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Há outros pontos imensuráveis que devem ser considerados ao aderir essa prática. Para receber aluguel pelo seu imóvel você precisa ocupá-lo com um inquilino. É assim que surge o risco de vacância, que é o risco do inquilino sair e sua renda cessar até que consiga uma nova pessoa disposta a pagar o aluguel. Sem contar com o fator “sorte” para que seu inquilino pague os valores em dia, não cause transtornos na vizinhança e não degrade o seu imóvel, além dos chamados para manutenção.
Já pensou se você pudesse investir no setor imobiliário – o mais seguro e promissor, segundo o senso comum construído – com pouco dinheiro e sem dor de cabeça com burocracias e inquilinos? É isto que o investimento em fundos imobiliários pode proporcionar. Com valores em torno de R$10 já é possível acessar esse tipo de ativo que também te oferece renda passiva através do pagamento de aluguéis.
Claro que cada opção deve ser avaliada. Nem sempre os fundos imobiliários serão a melhor alternativa frente a uma oportunidade única de valorização de um imóvel. Não existem respostas prontas. Sempre devemos comparar as alternativas, levando em consideração as diversas variáveis, e escolher aquela que é mais acessível e rentável de acordo com nossa realidade.
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