O Reino Unido deve começar a vacinar seus cidadãos na próxima semana, depois da aprovação da vacina da Pfizer (PFE) em parceria com a BioNTech (BNTX). A notícia é extremamente positiva para o mundo todo, que aguarda ansiosamente pela volta da normalidade.
Aqui no Brasil, porém, o início da imunização é incerta. A logística de distribuição, assim como farpas políticas, prejudicam as negociações de um possível imunizante para o país.
Esses e outros destaques você confere agora.
A VACINAÇÃO NO BRASIL AINDA É INCERTA
Enquanto o continente europeu aguarda ansiosamente pela vacina da Pfizer (PFE) em parceria com a BioNTech (BNTX), e os EUA estudam aprovar imunizantes, o futuro da imunização contra COVID-19 no Brasil ainda é incerto. Segundo Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em coletiva de imprensa na quarta-feira (2), no máximo três empresas desenvolvedoras de vacinas atendem às necessidades do país. O ministro não especificou que empresas são estas.
O Brasil já tem um planejamento prévio de vacinação, começando pela população idosa, de 75 anos ou mais, profissionais da saúde, idosos que vivem em asilos e a população indígena. Segundo o ministro, 15 milhões de doses da vacina devem chegar ao Brasil ainda no início de 2021, mas não especificou que vacina é.
O desafio é logístico. O Brasil é grande, e demanda um número grande de vacinas. Além disso, existe o problema da extensão territorial. “São muito poucas as fabricantes que têm quantidade e um cronograma de entrega efetivo para o nosso país. Quando chega no final das negociações e vai para a entrega e as fabricações, os números são pífios. É um número de grande quantidade que reduz a uma, duas, três companhias. A maioria fica com números muito pequenos para nosso país”, disse Pazuello.
O tamanho do país não é o único dos problemas. A vacina da Pfizer (PFE), por exemplo, que deve começar a ser usada no Reino Unido na semana que vem, depende que o imunizante permaneça a -75ºC, com tempo baixo de armazenamento. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, a prioridade é que uma eventual vacina aprovada para o Brasil seja termoestável, isto é, que aguente um período longo de armazenação a uma temperatura de 2ºC a 8ºC.
A Pfizer (PFE) disse que o armazenamento em baixas temperaturas não deveria ser um desafio para o Brasil. Segundo a empresa, existe a possibilidade de armazenar a vacina em grandes centros de distribuição espalhados pelo país, e distribuir de acordo com a demanda, respeitando os limites de temperatura e tempo de armazenamento.
O Brasil tem pouco tempo para fechar um acordo com a Pfizer (PFE). Segundo o diretor da área de vacinas da Pfizer do Brasil, Alejandro Lizarraga, ao EXTRA, o país tem dias, quiçá semanas, para fechar um acordo.
Enquanto isso, em São Paulo, o governador João Dória recebeu nesta quinta-feira (3) um lote com 600 litros de insumos para a fabricação da CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
“Viemos receber aqui mais um lote da vacina CoronaVac, da vacina do Butantan, a vacina que vai salvar a vida de milhões de brasileiros. Hoje recebemos insumos para 1 milhão de doses da vacina. Somados aos 20 mil que já recebemos, agora temos 1 milhão e 120 mil doses da vacina”, disse Dória.
Enquanto que as notícias sobre a CoronaVac são positivas, o imunizante ainda está na Fase 3 de desenvolvimento, e depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para sua distribuição começar.
Os conflitos políticos também afetam as vacinas candidatas para o Brasil. O presidente Jair Bolsonaro chegou a chamar a CoronaVac de “vacina chinesa de João Doria”, e comemorou quando a Anvisa suspendeu os testes da vacina depois que um homem, voluntário da pesquisa, cometeu suicídio. Dória, quando recebeu os insumos hoje, foi acompanhado de uma faixa com a frase: “A vacina do Brasil”.
BOTIJÃO DE GÁS FICA MAIS CARO A PARTIR DESTA QUINTA-FEIRA (03)
A Petrobrás (PETR4) anunciou que o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como o gás de cozinha, vai sofrer um aumento de 5% no valor a partir desta quinta-feira (3). O anúncio veio no mesmo dia em que a empresa anunciou redução de 2% no preço da gasolina.
No acumulado do ano, o gás de cozinha já sofreu um aumento de 21,9%, representando R$ 6,08 por botijão vendido para as revendedoras. Agora, o preço médio vai a R$ 33,89 por botijão de 13 kg.
Segundo a estatal sobre o preço do GLP, “[os preços] praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento. Esta metodologia de precificação acompanha os movimentos do mercado internacional, para cima e para baixo”.
O preço final ao consumidor depende das revendedoras. A empresa disse que 43% do valor final do botijão representa o preço estipulado pela Petrobrás para venda a granel, e 57% do valor fica por conta das revendedoras.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de gás no Brasil é de R$ 73,22, que tende a aumentar com a nova decisão da Petrobrás.
Saiba mais
Após óbito de voluntário Anvisa suspende testes da vacina chinesa CoronaVac
AGENDA
Às 9h: divulgados dados do PIB brasileiro referente ao 3T20.
Às 10h: divulgado o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) Composto Markit e de serviços relativos ao mês de outubro no Brasil.
O PMI Gerente de Compras Composto Markit da Zona do Euro foi divulgado às 6h. A pontuação foi de 45,3.
BOLSAS E CÂMBIO
Os mercados europeus começaram o dia registrando baixas na bolsa de valores. Investidores tentam equilibrar o otimismo com a possibilidade de novos pacotes de estímulos fiscais com a alta no caso de COVID-19 no continente.
O continente espera ansiosamente pelo início da vacinação no Reino Unido, que está programada para começar já na semana que vem. O país aprovou a vacina da Pfizer (PFE) em parceria com a BioNTech (BNTX), que possui 95% de eficácia.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,31%, indo a 390,48 pontos
- DAX (GDAXI): -0,46%, indo a 13.252,40 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,09%, indo a 6.457,45 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,39%, indo a 5.561,08 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,14%, indo a 21.940,50 pontos
A aprovação da vacina da Pfizer (PFE) no Reino Unido impulsionou as bolsas asiáticas, que fecharam em alta nos seus principais índices.
- Hang Seng (HK50): +0,74%, indo a 26.728,50 pontos
- KOSPI (KS11): +0,76% , indo a 2.696,22 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,21%, indo a 3.442,14 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,03%, indo a 26.809,37 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,20%, indo a 5.057,06
As negociações sobre um novo pacote de estímulos fiscais nos EUA provocaram uma alta nos principais índices futuros do país.
Os norte-americanos sofrem com a alta de casos de COVID-19, mas mantiveram o otimismo quanto à vacina aprovada pelo Reino Unido e os incentivos.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros subiu +0,17%, indo a 12.475,38 pontos
- Dow Jones Futuros subiu -0,12%, indo a 29.832,0 pontos
- S&P 500 Futuros subiu -0,05%, indo a 3.665,38 pontos
O Dólar e o Euro caem ante ao Real na manhã desta quinta-feira (03):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,14%, a R$ 5,21
- Às 9h05, o Euro caiu -0,03%, a R$ 6,31
Foto: Agência Brasil / Divulgação
Quer investir no mercado de ações mas não sabe por onde começar?
Preencha o formulário abaixo que um assessor da GX Investimentos irá ajudar em sua jornada a liberdade financeira.