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PIB: mercado revisa projeções e espera contração de 4,50% esse ano

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O mercado financeiro revisou pelo quarto mês seguido, as projeções de alta do IPCA, de 3,54% para 4,21%. A visão é de que há uma piora da inflação este ano. A informação é do Banco Central e foi divulgada nesta segunda-feira (7), no relatório Focus. Lá em meados de agosto, antes da primeira revisão na estimativa, era esperada alta de 1,63% do indicador no ano. Deste então, os prognósticos vêm sendo continuamente elevados. Mas para o ano que vem, após um mês e meio de alta, a projeção para o IPCA teve queda, de 3,47% para 3,34%.

O mercado, porém, tem expectativa positiva de contração de 4,40% do PIB este ano. Segundo os analistas econômicos, um índice melhor que a esperada queda de 4,50%. Apontam ainda que no pós Covid, o desempenho do setor deverá apresentar um crescimento de 3,50%, acima dos 3,45% previstos na semana passada, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira havia registrado novamente uma alta no 3º trimestre, de 7,7%, em comparação ao 2º trimestre, ainda assim, abaixo dos 8,7% projetados pelo setor.

Leva-se ainda em consideração a expectativa de economistas, que prevêem uma taxa Selic estacionária, em 2% ao ano, subindo apenas no final do ano que vem para 3%. Em relação ao dólar, as expectativas são de uma queda ao final deste ano, com uma projeção de R$ 5,22  e para R$ 5,10, no final do ano que vem. 

Especialistas lançam previsão de uma inflação de 4,04% este ano, mais alta que a estimativa anterior, que era de 3,51%. Para o ano que vem, projeta-se um IPCA de 3,41%, em linha com o aumento de 3,40%, índice estimado há sete dias.

INSUMOS

Os preços de insumos, que servem de base para a cadeia produtiva, registram a maior alta desde o início do Plano Real, implementado em 1994, no governo de Itamar Franco. Foi o 13º plano econômico executado desde 1979, quando se iniciou a crise que levou à hiperinflação. A pressão dessa elevação é tamanha, que está espalhando a inflação, conforme apontam os economistas, anteriormente concentrada no produtor, por vários setores da economia, chegando com mais força  ao consumidor.


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Um estudo do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), apontou que o preço das matérias-primas brutas, como alguns grãos, carnes e até minério de ferro, aglomera uma elevação de 68% nos 12 meses encerrados em outubro, aumento extraordinário e que não se via desde o fim do período de hiperinflação. Entre os motivos dessa alta, estão a perda de poder de compra do real e o aumento do preço em dólar das matérias-primas brutas e o desabastecimento de alguns produtos em função da pandemia. 

Alguns economistas estimam, no entanto, que a inflação vai continuar a subir até maio do ano que vem, quando deve ficar acima de 6% em 12 meses. A projeção é que depois desse período caia, fechando o ano entre 5,5% e 4,5%, dependendo da estabilidade ou valorização do real, o fim do ciclo de alta de preços de commodities no exterior e o fim do desequilíbrio entre oferta e a procura. Isso faria, conforme os analistas econômicos, que a inflação ficasse em patamar inferior desse intervalo, abaixo da meta de 2021, de 3,75%, com limite de 5,25%.

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