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O impacto social da Economia Solidária – Um jeito diferente de produzir, comprar, vender e trocar

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Apesar do termo “Economia Solidária” ter surgido no Brasil, o movimento nasceu da iniciativa de aproximadamente trinta operários na Inglaterra, em 1844, que após serem derrotados numa greve e perderem seus empregos, utilizaram os recursos oferecidos pelo sindicato que os representavam para fundar a primeira cooperativa.

Os princípios adotados desde a primeira cooperativa se provaram ao longo do tempo e continuam sendo os mesmos atualmente: a autogestão, solidariedade, igualdade e cooperação entre os trabalhadores. A porta está sempre aberta, qualquer pessoa pode sair quando desejar e se mantém aberta para aqueles que queiram entrar.

No Brasil, a economia solidária surgiu durante o regime militar após o alto índice de desemprego gerado pela crise do petróleo. Nos últimos anos o modelo vem se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de emprego e renda com inclusão social. Geralmente são pessoas necessitadas que muitas vezes não conseguem um emprego no modelo tradicional devido à baixa qualificação técnica e, portanto, veem no cooperativismo uma alternativa de sobrevivência.

A Coopamare é um exemplo de empreendimento brasileiro fundado com os princípios da economia solidária que já ganhou destaque de boas práticas internacionalmente. Ela foi fundada por um grupo de catadores e moradores de uma comunidade de São Paulo que tiveram a iniciativa de construir uma associação para melhorar a renda local. Como o trabalho de catador é pesado, eles se organizaram para trabalhar em conjunto, distribuindo as tarefas e dividindo os ganhos.

De acordo com os dados do segundo semestre do ano passado, fornecidos pela agenda institucional do cooperativismo, a economia solidária contribui significativamente para a economia brasileira, movimentando anualmente uma média de R$12 bilhões. Além disso, tem como principal vantagem a inserção socioeconômica.

A economia solidária não se limita apenas à inclusão social aos mais excluídos, mas carrega também um importante viés socioambiental, inserindo um modelo que se compromete em gerar benefícios para o meio ambiente local. Os modelos mais comuns, além dos já citados, são os adotados em comunidades de agricultores e artesãos. Porém, com o avanço da tecnologia da informação, vem surgindo formas alternativas para auxiliar no desenvolvimento da economia sustentável.

Existem diversas ferramentas presentes no nosso contexto que, na maioria dos casos, não percebemos se tratar de um formato da economia solidária. Os aplicativos de transporte e carona foram ideias que vieram para tentar solucionar o problema da mobilidade urbana, criando opções de compartilhamento de veículos para diminuir os custos da viagem, tanto para quem oferece quanto para quem pega a carona.

Os princípios do cooperativismo e sustentabilidade podem ser utilizados até mesmos nos mais tradicionais modelos de negócios que estão em constante transformação. Um exemplo de aplicação desses conceitos foi criado em um empreendimento dinamarquês de assinatura de roupas para bebês. As peças que não servem mais são devolvidas pelos pais e substituídas por roupas de tamanhos maiores a cada mês. As peças devolvidas são higienizadas e podem ser usadas por outros bebês. Assim, vemos que até o próprio varejo, que visa o consumo excessivo, pode ser repensando.

A expansão da economia solidária no Brasil esbarra em alguns obstáculos como o acesso a capital devido à dificuldade de conseguir crédito, acesso ao mercado gerado pela alta competitividade e acesso ao conhecimento, já que a maioria dos trabalhadores envolvidos possui baixa capacitação. Porém, ainda assim está em constante crescimento desde a sua implantação.

Kamila Alves

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