Um cenário indicando um IPCA de 4,3% para 2020 foi divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), nesta quinta-feira (17). O Banco Central, desta forma, manteve sua estimativa de referência no índice que mede o aumento contínuo e generalizado dos preços em uma economia.
O cenário do BC foi divulgado no Relatório de Mercado Focus e também está de acordo com o câmbio atualizado segundo a Paridade do Poder de Compra (PPC). Lembrando que o porcentual é o mesmo que se encontra em ata firmado no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em seu último encontro.
O Banco Central espera para 2020, uma inflação de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a instituição financeira projeta uma queda, com um índice firmado em 3,75%, também com margem de 1,5 (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta tem novamente uma queda, com índice de 3,50%, com margem de 1,5 (taxa de 2,00 a 5,00%). Por último, para 2023, o BC coloca meta de 3,25%, novamente uma queda, com margem de 1,5 (taxa de 1,75 a 4,75%).
Importante frisar que o Banco Central referiu-se unicamente à inflação, sem traçar projeções em um panorama com a Selic constante em 2% e o câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). A instituição bancária, até o documento de setembro, manifestou quatro contextos de inflação em seu relatório: com juros e câmbio constantes, com juros e câmbio da Focus, com juros constantes e câmbio da Focus, e com juros da Focus e câmbio constante.
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Contabilizando os meses de dezembro deste ano e os dois primeiros meses de 2021 – janeiro e fevereiro, o banco divulgou suas projeções de inflação de curto prazo. O IPCA para dezembro é de +1,09%. Para janeiro é de +0,27% e, para fevereiro, de +0,36%. O banco aponta uma inflação esperada em 12 meses até fevereiro de 4,43%.
No mais recente Relatório Focus, que contém o resumo semanal das expectativas de mercado a respeito de alguns indicadores da economia brasileira, anunciado na última segunda-feira (14), as projeções do mercado financeiro para o IPCA eram de +1,19% em dezembro, +0,37% em janeiro e +0,39% em fevereiro.
Nesta quinta-feira, o BC informou que em seu cenário de referência, que a perspectiva da inflação deste ano bater a meta de 5,50%, é nula, assim como é inexistente a possibilidade da inflação ficar abaixo do piso da meta, de 2,50%. Em um cenário projetado para 2021, a hipótese do teto ficar além de 5,25% do estipulado, é 8%. Já a possibilidade de estouro do piso de 2,25% da meta é bem maior, de 19%.
Foto: Reprodução/Financeone
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