Com o fim do ano chegando, a pauta do auxílio emergencial deve marcar a semana. O programa do governo deve acabar no fim de dezembro, mas a alta nos casos de COVID-19 no país pode mudar a agenda do governo.
As bolsas mundiais começam a semana registrando pessimismo com a alta de casos do vírus no mundo. Mais de 10 países já baniram voos para o Reino Unido, que anunciou que uma nova mutação do Sars-CoV-2, mais infecciosa, foi encontrada no país.
Esses e outros destaques você confere agora.
FUTURO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL CONTINUA INCERTO
O futuro do auxílio emergencial, programa criado pelo governo federal para dar assistência à população informal do país durante a pandemia, continua incerto. A alta de novos casos de COVID-19 no país pode mudar o rumo da pasta da Economia, que já havia sinalizado que o programa acabaria ainda neste ano.
Em edição extra publicada no Diário Oficial da União (DOU), o ministro Paulo Guedes cancelou as férias pessoais, por conta dos novos casos de COVID-19 no Rio de Janeiro. O Ministério deve estudar se a alta de casos no país todo deve mudar as pautas da pasta.
Para manter o país dentro da responsabilidade fiscal, o fim do auxílio emergencial é uma das medidas cruciais da pasta da Economia. O fim do programa está programado para acontecer no dia 29 de dezembro, e deve abrir possibilidades de aplicações de outros tipos de programas, além de não correr o risco de furar o teto.
GUEDES DIZ QUE 13º DO BOLSA FAMÍLIA É IRRESPONSABILIDADE FISCAL
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (18) que dar o 13º do Bolsa Família é inviável, e que governo cometeria crime de responsabilidade fiscal se fizesse.
O ministro disse que a pandemia do novo Coronavírus é o motivo de não dar o 13º do programa. Com uma economia estagnada, o desafio do governo federal é começar 2021 sem furar o teto de gastos.
“Com a pandemia bateu a desorganização fiscal de curto prazo, fomos observando que, pela legislação vigente e lei de responsabilidade fiscal, se você der o 13º por dois anos seguidos, você tá cometendo crime de responsabilidade porque não houve provisão de recursos”, disse o ministro.
A polêmica começou com o presidente Jair Bolsonaro, que havia dito na quinta-feira (17) que a MP do 13º pro Bolsa Família só não foi votada por falta de vontade de Rodrigo Maia (DEM). Em resposta, Maia disse na sexta-feira (18) que Bolsonaro mentiu.
“A narrativa de que eu deixei caducar a Medida Provisória do 13º não vem de hoje. Então, é uma articulação conjunta para desqualificar e desmoralizar a imagem dos adversários do presidente da república”, disse Maia na tribuna.
CASOS DE COVID-19 NO BRASIL NÃO PARAM DE SUBIR
Com as festas de fim de ano chegando, a preocupação com o crescente número de casos de COVID-19 continua sendo uma pauta importante. Segundo dados do CONASS, a média diária de número de novos casos já atingiu número recorde. São 47.909 diagnósticos por dia nos últimos 7 dias.
Os dados não levam em consideração os números de Goiás e São Paulo, que não foram publicados.
O país já tem 186.773 óbitos pela doença, sendo que a média móvel foi de 765 por dia nos últimos 7 dias.
No Sábado (19), o presidente Jair Bolsonaro disse em um vídeo publicado na internet que a pandemia já está no fim.
“A pandemia realmente está chegando no fim, os números têm mostrado isso (…) A pressa da vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas”, disse Bolsonaro.
Saiba mais
Segundo Guedes, governo não planeja extender auxílio
AGENDA
Às 8h25: o Boletim Focus é divulgado pelo Banco Central (BC).
Às 15h: divulgados dados sobre a balança comercial brasileira semanal.
BOLSAS E CÂMBIO
A alta recente de novos casos de COVID-19 obrigou países europeus a aplicarem novas medidas de restrição para conter a pandemia. No Reino Unido, novas medidas foram aplicadas em Londres e em toda a região sul. A nova onda do vírus mostra que embora a vacinação já tenha começado, o cuidado deve permanecer.
O Reino Unido também anunciou que encontrou uma nova mutação do novo Coronavírus. Segundo dados, essa mutação deixa o vírus mais infeccioso.
Em resposta às medidas tomadas pelo Reino Unido, mais de 10 países, como Índia e França, baniram temporariamente os voos para a região.
As bolsas do continente começam a manhã desta segunda-feira (21) registrando baixas nos seus principais índices. A preocupação dos investidores é em relação às novas consequências econômicas imediatas, geradas por políticas de restrição.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -3,11%, indo a 383,58 pontos
- DAX (GDAXI): -3,77%, indo a 13.116,80 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -3,06%, indo a 6.329,15 pontos
- CAC 40 (FCHI): -3,69%, indo a 5.323,68 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -3,75%, indo a 21.152,50 pontos
A nova onda de COVID-19 também manteve as bolsas asiáticas pessimistas no início da semana. As consequências econômicas imediatas acabam pesando mais que as notícias otimistas das vacinas, que ainda devem demorar para imunizarem o mundo inteiro.
- Hang Seng (HK50): -0,72%, indo a 26.306,68 pontos
- KOSPI (KS11): +0,23% , indo a 2.778,65 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,76%, indo a 3.420,57 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,16%, indo a 26.714,42 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,94%, indo a 5.046,84
Nos Estados Unidos, o medo de novos lockdowns e restrições pesaram mais que o otimismo pela aprovação de um novo pacote fiscal no país.
Às 8h da manhã:
- Nasdaq 100 Futuros: -1,60%, indo a 12.509,38 pontos
- Dow Jones Futuros: -2,19%, indo a 29.454,0 pontos
- S&P 500 Futuros: -2,52%, indo a 3.613,00 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (21):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,40%, a R$ 5,11
- Às 9h05, o Euro subiu +1,77%, a R$ 6,34
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