Nesta terça-feira (22), a reportagem do jornal Folha de S. Paulo apurou que o governo federal pode fazer um corte de até R$ 20 bilhões no orçamento do próximo ano para cumprir o teto de gastos em 2021. O corte é motivado por um aumento nas despesas obrigatórias, resultado do aumento da inflação, entre outros fatores.
As despesas obrigatórias englobam o pagamento de aposentadorias e benefícios sociais, por exemplo, e o valor das mesmas acompanha o IPCA, índice oficial da inflação no Brasil. Quando o orçamento de 2021 foi aprovado, o número utilizado para calcular o valor das despesas obrigatórias foi a inflação acumulada dos últimos 12 meses até o final do primeiro semestre de 2020, de 2,13%.
Com a disparada da inflação nos últimos meses, as projeções do mercado preveem que o IPCA de 2020 chegue a até 4,5%, as despesas obrigatórias também dispararam. Com o “descompasso” entre os números, o Ministério da Economia se vê forçado a cortar verbas para garantir o cumprimento do teto de gastos, considerado a âncora da economia brasileira pelo ministro Paulo Guedes.
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Apesar das dificuldades, Guedes tem assegurado o cumprimento do teto de gastos em 2021. Para o ministro, o descumprimento do mesmo causaria uma fuga de investidores do país, o que comprometeria a recuperação econômica brasileira. Os cortes nas despesas não obrigatórias serão discutidos ao longo das próximas semanas pela equipe técnica do ministério.
Vale ressaltar que o orçamento de 2021 ainda não foi aprovado no Congresso, que deve votar a matéria em fevereiro, após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
Imagem em destaque: Uol / divulgação
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