Visto publicamente pela última vez em outubro de 2020, o bilionário chinês, Jack Ma, acabou não participando de um programa que ele criou e do qual faria apresentação como jurado, o Africa’s Business Heroes, em português, Heróis dos Negócios da África. Foi depois disso que começaram a surgir dúvidas sobre sua localização.
O sumiço de Ma, um dos homens mais ricos da China graças a sua participação acionária no Alibaba, se dá em paralelo ao antagonismo com as autoridades chinesas. Em dezembro passado, após ser proclamado em novembro o fracasso da Oferta Pública Inicial (IPO) do Ant Group – maior plataforma de pagamento digital da China, Alipay – foi instaurada uma investigação antitruste contra o próprio Alibaba. Reguladores chineses exigiram que Ma deveria respeitar a nova lei sobre microcrédito e assim, suprimir as atividades bancárias de sua plataforma.
O bilionário chinês, teoricamente, havia desprezado as regras impostas pelo seu país, para as atividades financeiras. Definiu-as como métodos antigos e incapazes de regular o futuro. Em razão desse posicionamento de crítica ao sistema de regulamentação do sistema financeiro chinês é que surgiram as novas leis.
No entanto, observa-se que o embate com o governo não saiu barato para Ma, considerado um dos homens mais ricos da China. O patrimônio líquido despencou por volta de R$ 63,6 bilhões em 60 dias. Após o governo de Pequim demonstrar inquietação quanto à dúvida de solidez de sua gestão, o governo chinês impôs, no final de dezembro de 2020, que o Ant Group – fintech do grupo – freasse suas operações.
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É interessante que se pontue que o bilionário já havia encerrado o seu comando junto ao Alibaba há três anos, quando anunciou sua aposentadoria, decisão esta que deixou o mercado incrédulo, pela saúde de Ma e até mesmo pela sua idade, 56 anos. Ma respondeu às especulações, afirmando que iria se voltar à formação de novas gerações.
As redes sociais trouxeram de volta uma previsão, feita por Guo Wengue, também empresário e bilionário chinês, que disse em agosto de 2019, que Ma seria preso ou morto em 2020 por querer de volta o grupo Alibaba. Wengue fugiu de seu país em 2014, após revelar corrupção na China.
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