A fala de Jair Bolsonaro sobre uma economia brasileira quebrada gerou revolta no Congresso Nacional. Em resposta à fala, o ministro Paulo Guedes contradisse o presidente, e defendeu que a economia está se recuperando em “V”.
Nos Estados Unidos, o estado da Geórgia mais uma vez ganha destaque na imprensa internacional, desta vez por conta das eleições no Senado. Até o momento, dois democratas devem ganhar a disputa, possibilitando uma maioria dos democratas no Congresso do país.
Esses e outros destaques você confere agora.
CONTRADIZENDO BOLSONARO, GUEDES DIZ QUE ECONOMIA ESTÁ RECUPERANDO EM “V”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (5) para a CNN Brasil que a economia brasileira está se recuperando em “V”. “A economia está voltando em V e o setor privado está decolando”, disse Guedes.
A declaração veio poucas horas depois que o presidente Jair Bolsonaro disse a um grupo de apoiadores que o país está quebrado. “Chefe, o país está quebrado. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela, do imposto de renda, teve esse vírus, potencializado pela mídia que temos aí. Essa mídia sem caráter”, disse o presidente.
A fala gerou revoltas no Congresso Nacional, incluindo pedidos de renúncia. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), classificou a fala de Bolsonaro como “absurda” e “grave”.
Para especialistas, o Brasil está longe de estar quebrado. Para isso acontecer, o país deveria estar incapacitado de cumprir com compromissos fiscais, além de não conseguir captar dinheiro. A situação fiscal do país mais tem a ver com governabilidade e relações políticas, que dependem de uma boa atuação do Presidente da República.
Segundo Guedes, não há divergências com Bolsonaro a respeito da pauta do teto de gastos. É de interesse do governo federal e da pasta da Economia que o país não fure o teto e que cumpra com as responsabilidades fiscais.
A equipe econômica prevê que o país cresça seu PIB em 3,2% em 2021, depois de uma queda brusca que deve ficar em -4,5% em 2020.
Para o ministro da Economia e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a vacinação da população é crucial para a retomada do crescimento econômico no país. No dia 18 de dezembro, Paulo Guedes havia dito em coletiva de imprensa que a retomada depende de uma vacinação em massa.
“Isso só será possível na medida em que nós tenhamos esse retorno seguro ao trabalho, e esse retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira”, disse Guedes na época.
Para o presidente do Banco Central, um atraso na vacinação da população pode impactar nas agendas econômicas do país.
“Se houver um atraso de vacinação que implique em mobilidade menor porque o número de casos está alto, obviamente vai ter impacto na atividade econômica e em variáveis que usamos como variáveis chave para tomada de decisões”, disse Neto em uma coletiva de imprensa no dia 17 de dezembro.
A pressa por uma vacina reforça a tese de que a recuperação econômica do país depende de uma superação total da pandemia, possível apenas com a chegada de um imunizante contra COVID-19. Até o momento, o Brasil não possui uma vacina contra a doença.
ELEIÇÕES DECISIVAS NA GEÓRGIA PODEM DAR MAIORIA NO SENADO PARA OS DEMOCRATAS
A Geórgia, nos Estados Unidos, passa por eleições nesta semana para as cadeiras de senador do estado. Por enquanto, o democrata Raphael Warnock ganhou uma das cadeiras, e seu colega de partido, Jon Ossoff, deve ter vitória confirmada em breve.
A disputa no estado é emblemática, pois pode dar aos democratas uma maioria no Senado. O partido já controla a Câmara de Representantes do país.
É a terceira vez que o estado da Geórgia é manchete nos jornais internacionais desde o início das eleições presidenciais do país. O estado faz parte dos estados-chave, cruciais para os candidatos garantirem números de delegados que podem dar a vitória na disputa nacional. Na ocasião, o democrata Joe Biden levou a maioria do estado.
O estado entrou em destaque nesta semana depois que o jornal The Washington Post vazou uma conversa telefônica entre o atual presidente Donald Trump com o secretário de Estado, o republicano Brad Raffensperger. Trump pressionou Brad para que ele “encontrasse 11.780 votos”, que daria a vitória para Trump por uma margem de 1 voto.
Saiba mais
Guedes diz que o País, mesmo em meio ao caos, manteve o rumo
AGENDA
Às 10h: PMI Composto e Serviços Markiti brasileiros são divulgados
Às 14h30: Dados do fluxo cambial
BOLSAS E CÂMBIO
Nesta quarta-feira (6), o mercado global está de olho nas eleições no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. O democrata Raphael Warnock já ganhou uma das duas vagas de senador, e seu colega de partido, Jon Ossoff, já lidera a outra disputa.
A vitória dos dois democratas pode contribuir para um Senado controlado pelos democratas, partido do presidente eleito Joe Biden. Os democratas já possuem maioria na Câmara de Representantes.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,91%, indo a 404,60 pontos
- DAX (GDAXI): +0,89%, indo a 13.772,66 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +2,32%, indo a 6.765,62 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,88%, indo a 5.613,74 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +1,35%, indo a 22.497,50 pontos
Em uma tentativa de afogar o movimento pró-democracia de Hong Kong, o governo chinês prendeu mais de 50 ativistas nesta terça-feira (5). A região ainda passa por protestos maciços contra a atuação da administração de Xi Jinping na política e segurança da península.
A prisão dos ativistas baqueou as bolsas asiáticas. O índice de Hong Kong chegou a registar quedas, mas fechou em alta durante a madrugada.
- Hang Seng (HK50): +0,15%, indo a 27.692,30 pontos
- KOSPI (KS11): -0,75% , indo a 2.968,21 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,63%, indo a 3.550,88 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,38%, indo a 27.055,94 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,92%, indo a 5.417,67
Às 8h da manhã, os principais índices futuros dos Estados Unidos registram resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: -2,05%, indo a 12.531,50 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,32%, indo a 30.382,0 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,25%, indo a 3.708,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (6):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,36%, a R$ 5,27
- Às 9h05, o Euro subiu +0,28%, a R$ 6,49
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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