Com a nova escalada de preços do petróleo no mercado internacional, o gás de cozinha deve alcançar o seu maior preço desde a implementação do Plano Real no Brasil. Com o reajuste de 6% no preço. Nesta semana, a Petrobras anunciou um reajuste de 6% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), que começou a valer já nesta quinta-feira (8).
Foi o 11º reajuste no preço do GLP em nove meses. No início do último mês de dezembro, o gás recebeu um reajuste de 5% pela Petrobras. De acordo com o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do Distrito Federal (Sindivargas), o aumento deve ser repassado aos consumidores nos próximos dias. A entidade considera que as empresas do setor não têm condições de absorver o aumento dos custos.
Com o novo reajuste, o botijão de gás de cozinha será vendido a R$ 35,98 nas refinarias. De acordo com a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do GLP na capital brasileira varia entre R$ 69,99 e R$ 93,00 atualmente, uma média de R$ 74,42 por botijão de 13 quilos. Com o novo reajuste, os preços devem subir, podendo variar entre R$74,00 e R$ 98,00.
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No Brasil, o preço do gás de cozinha nas refinarias passou a acompanhar o preço do petróleo no mercado internacional desde o início do governo do atual presidente Jair Bolsonaro. O preço do GLP ficou congelado entre 2007 e 2014, passando a receber reajustes periódicos ao longo do governo de Michel Temer. Em 2020, o gás de cozinha teve um aumento acumulado de 8,3%, segundo o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15), quase o dobro da inflação prevista para o período.
Em entrevista à Agência Estado, do jornal Estado de S. Paulo, o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili, afirma que o GLP vai ficando cada vez mais inacessível no Brasil. “O GLP está deixando de ser um produto de utilidade pública por causa do alto preço, as famílias em miséria absoluta só crescem no Brasil, contradizendo todo discurso de energia barata do governo. Nunca o preço foi tão alto”, apontou.
À medida que o gás de cozinha fica mais caro, como dito por Borjaili na entrevista, o consumidor se vê forçado a buscar outras alternativas de combustível para o cotidiano, já que a expectativa é que o preço do gás deve continuar a subir ao longo de 2021. “O GLP, agora, está na mão de multinacionais e o princípio social do botijão de 13 quilos foi totalmente abandonado”, afirmou ao apontar que o preço do botijão de 13 quilos pode chegar a R$ 200 já em 2021.
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