Nesta segunda-feira (11), a Ford anunciou o fechamento de três fábricas em território brasileiro em 2021. As fábricas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP) serão fechadas imediatamente, enquanto a planta da Troller em Horizonte (CE) continuará em operação até o quarto trimestre deste ano. A companhia anunciou ainda que a produção de algumas peças continuará nos próximos meses, para suprir as demandas de pós-venda.
De acordo com a Ford, as vendas dos atuais modelos nacionais da montadora serão interrompidas assim que acabarem os estoques. A companhia garante, todavia, o suporte total aos clientes após a compra de veículos, com garantia e manutenção assegurados. Na fábrica de Camaçari, eram montados os modelos Ka e EcoSport, enquanto a fábrica de Taubaté era encarregada da fabricação de motores e transmissões.
Com o fechamento das fábricas nacionais, a Ford deve passar a trabalhar com modelos importados no mercado brasileiro. Na América do Sul, a Ford possui plantas no Uruguai e Argentina. Recentemente a companhia anunciou um aporte de US$ 580 para a produção da nova geração da picape Ranger em General Pacheco, na Argentina, com 70% do volume de produção sendo destinado para exportação.
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O fechamento das fábricas no Brasil faz parte de um plano de reestruturação de cerca de US$ 11 bilhões planejado pela montadora em suas operações ao redor do globo. Em 2019, a Ford já havia encerrado as operações da sua planta em São Bernardo do Campo (SP). O fechamento das plantas custará R$ 4,1 bilhões à Ford.
Ao todo, as fábricas de Camaçari, Taubaté e Horizonte empregam cerca de 8000 pessoas, das quais nem todas devem ser demitidas. Segundo a Ford, serão aproximadamente 5000 funcionários afetados com o fim das atividades no Brasil. A decisão foi motivada por uma queda de 26% nas vendas em 2020, com a perspectiva de que os níveis de venda alcançados em 2019 só sejam alcançados novamente em 2023.
Em pronunciamento, o executivo-chefe da Ford, Jim Farley, afirmou que a decisão de fechar as plantas no Brasil foi muito difícil, mas crucial para manter um modelo de negócios sustentável mundialmente. “Estamos mudando para um modelo de negócios mais enxuto e com menos ativos ao encerrar a produção no Brasil”, apontou.
Imagem em destaque: / divulgação
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